Situada na Península Balcânica, nunca atingiu o status de reino unificado, graças às divisões internas em Cidades-estado que guerreavam constantemente entre si (Pólis). Apresenta território banhado pelo mar Egeu e pelo mar Jônico. Por ter um território marcadamente montanhoso, a agricultura tornou-se inviável voltando-se os gregos para o comércio.
Período Pré-Homérico (2500-1100 a.C.): Período anterior à formação do povo grego, ou Grécia Primitiva. Na região, ocupada pela população autóctona (originária da própria região), desenvolveu-se a civilização creto-micênica, cujos centros eram a cidade de Micenas e a ilha de Creta. A partir do século XX a.C., sucessivas invasões de tribos nômades abalaram o vigor cultural creto-micênico. Aqueus, jônios, eólios e dórios saquearam e destruíram a região e formaram, pela mistura racial e cultural, o povo grego. O primeiro grupo a chegar à Grécia foram os aqueus.
Período Homérico (1100-800 a.C.): Fase retratada pelos poemas de Homero, Ilíada e Odisséia. Marca a invasão dos Dórios, que formarão Esparta e destruirão Micenas, fazendo com que a vida urbana praticamente desaparecesse. A população retornou para um tipo de vida mais primitivo, voltando a se organizar em pequenas comunidades, cuja célula básica era a grande família ou gens. A autoridade máxima era representada pelo “pater”, e os bens de produção e trabalho eram coletivos. Vários clãs, ou gens, formavam uma fratria; várias fratrias uma tribo. Não havia propriedade privada e todos os membros tinham direitos iguais. A posição social dependia do grau de parentesco com o pater-família.
Período Arcaico (800-500 a.C.): Fase da formação das cidades-estados (pólis). Graças ao crescimento populacional, que não foi acompanhado pelo crescimento da produção, e graças à tendência dos gens a se dividirem em pequenas famílias, a sociedade coletiva foi desestruturando-se. Iniciou o aparecimento do individualismo e da propriedade privada. Os parentes mais próximos dos “paters” foram favorecidos, recebendo as terras anteriormente comunitárias. Formou-se a classe dos grandes proprietários: a aristocracia. A pólis se caracteriza pela independência, pela auto-suficiência econômica e pelo culto local. O líder da sociedade passou a ser o eupátrida (filho do pai).
Formaram-se aproximadamente duas centenas de cidades, com um desenvolvimento histórico diferente. As duas principais foram Atenas (fundada pelos Jônios) e Esparta (fundada pelos Dórios). A nobreza de nascimento, mas sem bens, assim como os pequenos proprietários empobrecidos passaram a buscar a colonização de novas terras. Essa dispersão originou novas cidades, como Marselha e Bizâncio. Juntamente ao expansionismo grego, com a formação de novas colônias, havia também o aumento do escravismo até o ponto de ser o escravo a base da estruturação grega. A ampliação das camadas médias (demiurgos) e do escravismo, provocou a contestação ao poder da aristocracia, originando conflitos sociais e políticos que caracterizaram a passagem do período arcaico para o clássico.
Período Clássico (500-338 a.C.): Fase correspondente ao apogeu da civilização grega, com a disputa entre Atenas e Esparta, e de ambas contra a Pérsia.
Esparta: Localizada numa região chamada Lacônia, voltou-se para a guerra. Possuía uma organização militarista e aristocrática. Predominava uma economia agrícola, sem incentivos para o comércio. Era uma cidade totalmente dependente do escravismo e que aboliu a propriedade familiar para, em seu lugar, construir uma sociedade de classes, com todo o poder para os espartanos. A família era monogâmica e patriarcal. O Estado estava acima do cidadão, e era obrigação dos casais gerar filhos saudáveis para o Estado. Os Espartanos viviam uma vida simples, privados de luxos. Embora os espartanos fossem os únicos que tinham cidadania, o poder efetivo ficava nas mãos dos idosos (gerontocracia). A legislação foi atribuída a Licurgo.
Atenas: Localizada na Península Ática, foi notável pela democracia. Embora, a partir de Clístenes, tenha implantado a democracia, os direitos políticos ficavam restritos aos atenienses (adultos, filhos de pais e mães atenienses), proprietários das melhores terras. Estavam excluídos os estrangeiros e as mulheres.
A política ateniense evoluiu em cinco estágios: a realiza (período inicial, na qual Atenas foi governada por basileus – reis, apoiados pelos eupátridas), a oligarquia (domínio da sociedade pelos aristocratas, a partir da elaboração de um Estado protetor dos direitos dos aristocratas - Dracon), a plutocracia (surgiu das mudanças impostas pelo legislador Sólon, que acabou com a escravidão por dívidas e dividiu a sociedade censitariamente, combatendo o poder dos eupátridas), a tirania (período de domínio pelos tiranos ou ditadores, que legitimavam-se pela força), e a democracia (surge da reestruturação imposta por Clístenes, o “pai da democracia”, e da consolidação da democracia por Péricles, que garante a participação de todos os cidadãos nos negócios públicos).
As Guerras Médicas (490-448 a.C.):
- Gregos X persas (medos).
- Motivo: o avanço do imperialismo persa.
- Tratado de Susa (Paz de Calias ou Paz de Címon): fim do conflito, com a vitória grega.
A Guerra do Peloponeso (Esparta X Atenas):
- Atenas (Confederação de Delos) X Esparta (Liga do Peloponeso)
- Motivos: o imperialismo ateniense e as diferenças políticas e culturais entre Atenas e Esparta.
- Vitória de Esparta na Batalha de Égos Potamos.
- Esparta foi derrotada por Tebas na Batalha de Leutras: início do imperialismo tebano.
Declínio da Grécia:
- Motivos: as constantes guerras entre as pólis e a falta de unidade grega.
- Em 338 a.C., o território grego é conquistado pelos macedônios de Filipe II.
- Com a morte de Filipe II, assume o poder seu filho, Alexandre Magno.
Período Helenístico:
- Alexandre Magno: Expansionismo militar e territorial, incremento do comércio internacional, fundação de Alexandria e formação da cultura helenística, fruto da fusão da cultura grega com a cultura oriental.
Influências Culturais Gregas:
Democracia: práticas republicanas e participativas de poder.
Concepções de beleza, equilíbrio e harmonia.
Racionalismo, humanismo e antropocentrismo.
Filosofia: Sócrates, Platão e Aristóteles.
Matemática (Tales de Mileto), medicina (Hipócrates), química, Biologia e História (Heródoto e Tucídides).
Produção teatral, com o teatro ao ar livre. Destaques: Sófocles e Eurípedes.
Religião politeísta e sem dogmas. Havia o forte culto doméstico.
Estilos arquitetônicos: dórico, jônico e coríntio.
Excelente material, professor! O que a apostila me deixou com dúvidas, aqui, tive todas as respostas! 🙏
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