quarta-feira, 4 de maio de 2011

I SIMULÃO DO MARCELÃO

  "Qual é a primeira ideia que surge na nossa cabeça quando nos
deparamos com o prefixo “pré”? Geralmente, acreditamos que este
recurso da língua tem como função apontar para algum período ou
momento que antecede a existência ou realização de algo. Partindo
desse pressuposto, quando observamos o termo “pré-história”, somos
levados a crer na existência de um tempo que foi justamente anterior à
História.
Mas realmente houve uma época em que a “História” simplesmente não
existiu? Se partirmos da ideia de que estudamos a história dos homens,
deveríamos compreender então que a “Pré-História” faz menção a todos
os acontecimentos, experiências e fatos que são anteriores à própria
existência humana. Contudo, ao abrimos o livro didático, observamos a
estranha presença dos “homens pré-históricos” nesse período que se
inicia há cerca de 2 milhões de anos e vai até 5000 a.C..
Para compreendermos esta divergência, devemos levar em conta que as
formas de se organizar o passado são múltiplas. No nosso caso, muitos
dos livros de história adotam as convenções de uma periodização
estabelecida no século XIX. Para os historiadores daquela época, só
era possível reconhecer ou estudar o passado através do manuseio de
fontes escritas. Por isso, a “Pré-história”, na visão destes
estudiosos, abarca toda a experiência do homem anterior ao
desenvolvimento da escrita.
Atualmente, com a transformação dos sentidos da ciência histórica,
sabemos que os homens pré-históricos não podem ser arbitrariamente
excluídos da “História”. Por meio dos vestígios materiais, pinturas e
outras manifestações, vários historiadores se lançam ao instigante
desafio de relatar sobre o passado dos homens que viveram há milhares
de anos. Ao contrário do que muitos pensam, estes não eram simples
versões mais próximas dos primatas ancestrais.
Nesse diversificado período, podemos observar a luta travada pelos
primeiros homens em seu processo de adaptação às hostilidades impostas
pela natureza. Ao longo desse processo de dominação, também é possível
ver que estes sujeitos da história não estavam somente preocupados em
garantir a sua sobrevivência. Por meio da pintura rupestre, podemos
dialogar com os comportamentos, valores e crenças que surgem nesse
remoto tempo.
Sem dúvida, as restrições e a limitação das fontes disponíveis
dificultam bastante a compreensão do tempo pré-histórico. Entretanto,
mesmo com o pouco que nos chega, podemos ver que o conceito elaborado
no século XIX está bastante afastado de todo o conhecimento que essa
época pode oferecer. Com isso, apesar dos problemas com seu nome,
podemos afirmar que a pré-história esteve mais presente na História do
que nunca."
(http://www.historiadomundo.com.br/pre-historia)
1 - Considere as seguintes afirmações sobre a Pré-
História
I - Restos fósseis do Australopithecus, ancestral do
homem que viveu há cerca de 2,5 milhões de anos,
podem ser encontrados em todos os continentes
II - A descoberta do fogo, ocorrida num momento
remoto do Paleolítico Inferior, certamente exerceu
importante impacto no processo evolutivo do
homem
III - Instrumentos mais sofisticados como arco e
flecha, raspadeiras e anzóis, por exemplo, só
surgiram no final do Período Neolítico
IV - A Revolução Urbana ocorreu no sul da
Mesopotâmia, atual Iraque, e coincide no tempo
com a chamada Idade dos Metais
Estão corretas:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) II, III e IV


 "Os povos antigos, antes de conhecerem a escrita, já produziam
obras de arte. Os homens das cavernas faziam bonitas figuras em suas
paredes, representando os animais e pessoas da época, com cenas de
caças e ritos religiosos. Faziam também esculturas em madeira, ossos e
pedras; os cientistas estudam esses objetos e pinturas, e conseguem
saber como viviam aqueles povos antigos .
Além da arte dos povos pré-históricos, também é considerada arte
primitiva aquela produzida pelos índios e outros povos que viviam na
América antes da vinda de Colombo. Os maias, os astecas e os incas
representavam a arte pré-colombiana. São pinturas, esculturas e
templos maravilhosos, feitos de pedras ou materiais preciosos, que nos
contam a história desses povos.
Na atualidade e também há arte primitiva: os negros africanos, que
produzem máscaras para rituais, esculturas e pinturas; os nativos da
Oceania (Polinésia, Melanésia, etc.) também tem arte primitiva com
estilo próprio; assim também os índios americanos produzem objetos de
arte primitiva muito apreciados entre os povos atuais."
(http://www.historiadomundo.com.br/pre-historia/a-arte-na-pre-historia.htm)

“Quaisquer que tenham sido os motivos para
essas pinturas, e deve ter havido muitos, elas
podem ter sido artifícios para assegurar caçadas
bem sucedidas, mas também podem ter sido uma
expressão do conflito espiritual envolvido na
destruição da vida ....”
LEAKEY & LEWIN. Origens,
São Paulo, Melhoramentos, 1982.
2 - O segundo texto acima nos permite associar a pintura
rupestre da Pré-História:
a) ao estabelecimento de relações harmônicas do
homem com a natureza
b) ao surgimento das desigualdades e injustiças
dentro da sociedade
c) ao surgimento das primeiras manifestações
mágico-religiosas
d) à crise de uma cultura que deixou de valorizar
as realizações estéticas
e) à necessidade humana de encontrar uma
explicação para a morte


 “ O desenvolvimento da produção produz a
desigualdade no seio da sociedade. Surgem grupos
com direitos diferentes (...) a acumulação de
riquezas, sob forma de tesouros ou rebanhos, faz
nascer a diferença entre os clãs e entre as famílias
de um mesmo clã (...) algumas tribos derrotam e
absorvem ou escravizam outras tribos (...) e a
sociedade transforma-se de um conjunto de partes
iguais para uma sociedade dividida em castas
superiores (sacerdotes, chefes militares, altos
funcionários) e castas inferiores (agricultores,
oleiros, forjadores, artesãos)."
3 - De acordo com o texto o surgimento da sociedade
de classes está relacionado, fundamentalmente,
com:
a) a divisão do trabalho e a existência de um
excedente econômico
b) o surgimento da guerra como um fenômeno
sócio-cultural
c) leis que estabeleciam privilégios para algumas
camadas da população
d) o desaparecimento das comunidades
socialmente estratificadas
e) o falta de solidariedade entre os clãs e as tribos
primitivas


4 - Quando adentramos o estudo da Antiguidade ou Idade Antiga, é
bastante comum ouvir dizer que esse período histórico é marcado pelo
surgimento das primeiras civilizações. Geralmente, ao adotarmos a
expressão “civilização” promove-se uma terrível confusão que coloca os
povos dessa época em uma condição superior se comparados às outras
culturas do mesmo período.
Na verdade, a existência de uma civilização não tem nada a ver com
essa equivocada ideia de que exista um povo “melhor” ou “mais
evoluído” que os demais. O surgimento das primeiras civilizações
simplesmente demarca a existência de uma série de características
específicas. Em geral, uma civilização se forma quando apontamos a
existência de instituições políticas complexas, uma hierarquia social
diversificada e de outros sistemas e convenções que se aplicam
largamente a uma população.
Ao contrário do que se possa imaginar, não podemos apontar uma
localidade específica onde encontremos a formação das primeiras
civilizações da história. O processo de fixação e desenvolvimento das
relações sociais aconteceu simultaneamente em várias regiões e foi
marcado pelo contato entre civilizações, bem como a incorporação de
duas ou mais culturas na formação de outra civilização.
Reportando-se ao Mundo Oriental, podemos assinalar o desenvolvimento
das milenares civilizações chinesa e indiana. Partindo mais a oeste,
localizamos a formação da civilização egípcia e dos vários povos que
dominaram a região Mesopotâmica, localizada nas proximidades dos rios
Tigre e Eufrates. Também conhecidas como civilizações hidráulicas,
essas culturas agruparam largas populações que sobreviviam da
exploração das águas e terras férteis presentes na beira dos rios.
Na parte ocidental do planeta, costuma-se dar amplo destaque ao
surgimento da civilização greco-romana. O prestígio dado a gregos e
romanos justifica-se pela forte e visível influência que estes povos
tiveram na formação dos vários conceitos, instituições e costumes que
permeiam o Ocidente como um todo. Contudo, não podemos também deixar
de dar o devido destaque aos maias, astecas, incas e olmecas que
surgem no continente americano.
Sem dúvida, o estudo das civilizações antigas se mostra importante
para que possamos entender melhor sobre as várias feições que a nossa
cultura assume atualmente. Contudo, sob outro ponto de vista, o estudo
da Antiguidade também abre caminho para que possamos contrapor os
valores e parâmetros que um dia foram comuns a alguns homens e hoje se
mostram tão distantes do que vivemos. É praticamente infinito o leque
de saberes que se aplica a esse período histórico.
Em relação a civilização egípcia, é correto fazer a seguinte afirmação:
a)A economia foi, durante toda a antiguidade, baseada na coleta e na caça;
b)Os trabalhadores, na sua maioria, eram homens livres que cultivavam
a própria terra;
c)A existência do monoteísmo facilitava o controle do Faraó pelos sacerdotes;
d)A escrita cuneiforme nasceu em função das necessidades práticas da
contabilidade dos templos;
e)O poder manifestava-se pelo exercício de uma administração
centralizada que controlava todos os aspectos da vida egípcia.


5 - A civilização babilônica, que existiu do século XVIII ao VI a.C.,
era, como a suméria que a precedeu, de caráter urbano, embora baseada
mais na agricultura do que na indústria. O país era constituído por 12
cidades, cercadas de povoados e aldeias. No alto da estrutura política
estava o rei, monarca absoluto que exercia o poder legislativo,
judicial e executivo. Abaixo dele havia um grupo de governadores e
administradores selecionados. Os prefeitos e conselhos de anciãos da
cidade eram encarregados da administração local.
Os babilônios modificaram e transformaram sua herança suméria para
adequá-la a sua própria cultura e maneira de ser e influenciaram os
países vizinhos, especialmente o reino da Assíria, que adotou
praticamente por completo a cultura babilônica. Mais de 1200 anos se
passaram desde o glorioso reinado amorita até a conquista da Babilônia
pelos persas. Durante esse longo período, a estrutura social e a
organização econômica, a arte e a arquitetura, a ciência e a
literatura, o sistema judicial e as crenças religiosas babilônicas,
sofreram considerável mudança. Baseados na cultura do Sumer, os feitos
culturais da Babilônia deixaram uma profunda impressão no mundo antigo
e particularmente nos hebreus e gregos. A influência babilônica é
evidente nas obras de poetas gregos como Homero e Hesíodo, na
geometria do matemático grego Euclides, na astronomia, astrologia,
heráldica e na Bíblia.
O mais antigo código de leis escrito,cuja característica é a “pena de
Talião”, isto é, “Olho por olho,dente por dente” foi baseado
no(a)/nos(as):
a)Código Deuteronômio;
b)Código de Hamurabi;
c)Código sumeriano;
d)Leis draconistas;
e)Leis de Dungui.


6 -Os hebreus eram um povo de origem semita (os semitas compreendem
dois importantes povos: os hebreus e os árabes), que se distinguiram
de outros povos da antigüidade por sua crença religiosa. O termo
hebreu significa "gente do outro lado do rio”, isto é, do rio
Eufrates.
Os hebreus foram um dos povos que mais influenciaram a civilização
atual. Sua religião o judaísmo influenciou tanto o cristianismo quanto
o islamismo.
O conhecimento acerca desse povo, vem principalmente das
informações e lendas da Bíblia (o Antigo Testamento), das pesquisas
arqueológicas e obras de historiadores judeus.
Em 1947, com a descoberta de pergaminhos em cavernas às margens do
Mar Morto (os Manuscritos do Mar Morto), foi possível obter mais
informações sobre os hebreus. Esses pergaminhos foram deixados por uma
comunidade que viveu ali por volta do século I a.C.
O período do Cativeiro da Babilônia (586 - 539 a. C.) foi importante
na evolução da religião hebraica, pois, graças ao contato com os
neobabilônios, os judeus:
a)abandonaram práticas ligadas à magia, como por exemplo, a necromancia
b)passaram a conceber Jeová como identificado com seus problemas sociais
c)conceberam Jeová em termos antropomórficos, inclusive com qualidades
próprias dos homens
d)adoraram a idéia do fatalismo e do caráter transcendental de Deus
e)ficaram imbuídos de concepções animistas, adorando as forças da Natureza


7 - Os Fenícios foram os grandes navegadores da Antigüidade e os
criadores do alfabeto.
A Fenícia corresponde atualmente ao Líbano. Os fenícios, um povo
de origem semita, estabeleceu-se em 3000 a.C., numa área estreita, com
aproximadamente 40 km de largura, entre as montanhas do Líbano e o Mar
Mediterrâneo.
Dispunham de poucas terras férteis para o desenvolvimento das
atividades agrícola ou pastoril, mas contavam com um extenso litoral.
Devido a essas características geográficas, que facilitavam mais o
contato com o exterior, os fenícios dedicaram-se às atividades
marítimas, sendo considerados os maiores navegadores da Antigüidade.
Segundo Heródoto, esse povo foi o primeiro a contornar o continente
africano, a serviço do faraó Necao.
Analise as afirmações.
I. Antes dos gregos, os cretenses e os fenícios dominavam o comércio
no Egeu e no Mediterrâneo. Os primeiros produziam azeite e vinho, que
trocavam por matérias-primas empregadas na fabricação de finos
produtos de artesanato.
II. Assim como os cretenses, os fenícios formaram um grande império
marítimo (talassocracia), inicialmente sob o controle da cidade de
Biblos, englobando as principais rotas marítimas do Mediterrâneo.
III. Os interesses econômicos e o particularismo político impediram
que os fenícios formassem um Estado unificado. As cidades fenícias
preferiam aliar-se a estados mais fortes.
a)Se I, II e III forem corretas
b)Se apenas I e II forem corretas
c)Se I, II e III forem incorretas
d)Se apenas II e III forem corretas
e)Se apenas I e III forem corretas


8 - No século VIII a.C., os medos possuíam um reino com exército
organizado, que dominava povos iranianos e persas, obrigando-os a
pagar impostos.
Em 550 a.C. (séc. VI a.C.), Ciro, do clã persa dos aquemênidas,
liderou uma rebelião contra os medos, vitorioso, reuniu sob seu
domínio todas as tribos que habitavam o planalto iraniano. A partir
daí, começou a formação do Império Persa. Ciro conduziu a Pérsia à
expansão, conquistando várias regiões, solucionando o problema do
aumento da população e da pequena produção agrícola na região.
Fundador do Império Persa, Ciro, o Grande, após vencer os medos e
reunir sob seu domínio todas as tribos que habitavam o planalto
iraniano, conquistou os reinos da Lídia e as cidades gregas da Ásia
Menor. Em 539 a.C., conquistou a Mesopotâmia. Por sua ordem, nesse
mesmo ano, os judeus retornaram à Palestina, terminando assim o
cativeiro da Babilônia. Ciro incorporou ao império toda a Mesopotâmia,
a Fenícia e a Palestina.
Ciro morreu em combate, em 529 a.C., e foi sucedido pelo filho,
Cambises, que com um grande exército conquistou o Egito, em 525 a.C.,
na batalha de Pelusa. Ao voltar para a Pérsia, Cambises morreu
assassinado em uma revolta interna. Foi sucedido por Dario I (521-486
a .C.).
Sobre o Império Persa, é correto afirmar:
I. A religião persa era o Zoroastrismo, que
pregava a existência do bem e do mal,
saindo vencedor o bem, no dia do juízo
final.
II. Sua expansão territorial deveu-se à
existência de boas estradas e de um forte
exército.
III. Os povos vencidos pelos persas eram
obrigados a pagar tributos e a fornecer
soldados para os exércitos do Grande Rei.
A(s) afirmação(ões) verdadeira(s) é(são):
a) apenas I e II
b) apenas II
c) apenas III
d) apenas I e III
e) todas


9 - Esparta, localizada na península do Peloponeso, foi fundada
pelos dórios, que conseguiram dominar os aqueus e apossaram-se de suas
terras.
Os espartanos obedeciam a uma rigorosa disciplinar militar, pois sua
cultura era baseada na manutenção do poder pelas armas.
A sociedade espartana dividia-se em:
- Esparciatas (ou espartanos): descendentes dos dórios, possuíam
direitos políticos;
- Periecos: viviam na periferia da cidade. Descendentes dos aqueus,
dedicavam-se ao comércio e ao artesanato. Eram livres, porém sem
direitos políticos;
- Hilotas: compunham a maior parte da população, descendiam dos povos
conquistados, principalmente dos messênios, eram escravos do Estado e
cultivavam as terras dos espartanos.
A sociedade espartana era predominantemente guerreira. As razões se
devem à necessidade de defesa de uma região fértil, numa península de
solo árido, e as constantes ameaças dos escravos, que poderiam
revoltar-se contra os espartanos.
De acordo com a tradição, o número de hilotas deveria ser cerca de
seis vezes maior que o de espartanos. Quando essa proporção aumentava,
os jovens espartanos promoviam a cripta, que consistia em invadir
aldeias durante uma madrugada e matar o maior número de hilotas
possível, sendo esta uma prova de coragem para os jovens tornarem-se
cidadãos.
O governo seguia a Constituição de Esparta, criada pelo legislador
Licurgo, personagem de origem lendária, que teria vivido no século IX
a.C.
Alguns pesquisadores acreditam que essa Constituição foi obra de
gerações de espartanos, adaptada a interesses pessoais.
A Constituição dividia o governo nos seguintes órgãos:
- Diarquia: dois reis hereditários, de famílias diferentes, decidiam
sobre questões militares e religiosas;
- Gerúsia: conselho de anciãos, com 28 membros vitalícios, com mais de
60 anos, e os dois reis. Esses conselheiros, os gerontes, decidiam
sobre política externa e julgavam crimes.
- Ápela: assembléia de cidadãos espartanos, com no mínimo 30 anos, que
votavam sem emenda ou discussão as propostas da Gerúsia; seu voto
podia ser anulado pelos gerontes.
- Eforato: grupo de cinco éforos, eleitos pela Apela. O eforato
fiscalizava os reis, a administração e a economia da cidade, inclusive
podendo contrariar leis antigas, sendo o órgão mais poderoso de
Esparta.
Esparta apresentou um desenvolvimento histórico distinto da maioria
das cidades-gregas, pois:
a) Formou-se a partir de um governo conservador e assumiu um sistema
político democrático, com a
participação de todos os cidadãos.
b) Organizou-se na forma de governo oligárquico, cujo objetivo
principal era preservar os interesses da
aristocracia.
c) Transitou de um governo monárquico para o regime de tirania, o que
proporcionou uma política de
equilíbrio entre as camadas sociais.
d) Assumiu a forma republicana de governo, sem possibilidade de
ascensão dos grupos sociais.
e) Caracterizou-se por um governo autocrático, no qual o grupo
dirigente reunia poderes temporais e
espirituais.


10 - A cidade de Atenas, localizada na Ática, foi fundada pelos
jônios. Os jônios estabeleceram-se próximo ao mar Egeu e dedicaram-se
à pesca e ao comércio marítimo, além de construir portos.
A sociedade ateniense era formada pelos eupátridas (grandes
proprietários de terras), georghois (pequenos proprietários), thetas
(não possuíam terras e eram trabalhadores assalariados) e demiurgos
(artesãos e comerciantes estrangeiros).
No século VIII a.C., Atenas era governada por um rei, chamado de
basileus, que era indicado e assessorado por uma assembléia da qual só
participavam os eupátridas. Em dado momento, os eupátridas destituíram
o rei, colocando em seu lugar um grupo de aristocratas (arcontado),
eleitos pelo conselho dos eupátridas. Dessa forma, o regime político
tornou-se oligárquico.
A fim de diminuir a força dos eupátridas, Sólon criou um órgão
legislativo chamado Conselho dos Quatrocentos (Bulé); assembléia
destinada à elaboração das leis, e uma Assembléia do Povo (Eclésia);
votava as leis e escolhia os Estrategos, que eram encarregados de
executar as leis. Hiléia, tribunais de justiça.
As reformas de Sólon limitaram o poder dos eupátridas e favoreceram
os novos comerciantes ricos. Mas, não atenderam a principal reclamação
entre as camadas populares, que era a redistribuição de terras. Essa
situação, levou à tirania. Para os gregos, tirano era o indivíduo que
tomava o poder à força.
O primeiro tirano ateniense, Psístrato, melhorou a vida econômica e
cultural do homem comum. Após sua morte, seus filhos Hípias e Hiparcos
assumiram o poder, porém sem a competência do pai. Hiparcos foi morto
por um eupátrida. Hípias foi deposto e expulso da cidade num golpe
articulado e executado pelos nobres espartanos e eupátridas.
Após breve instabilidade política, Atenas sofreu uma rebelião
popular, liderada por Clístenes. Em 509 a.C., Clístenes realizou
reformas que deram origem à democracia.
Da coesão temporária entre aristocratas e populares, provocada pela
luta contra um inimigo comum,
aproveitou-se Clístenes para fazer a reforma que implantou a
democracia em Atenas. A democracia surgiu:
a) Com o fim das disputas entre as facções políticas, formalizadas
pela aliança entre a elite e o povo.
b) A partir da ascensão de Clístenes ao poder, do partido popular, que
aliado a ex-escravos derrotou os
aristocratas.
c) Para atender aos interesses políticos da nova elite, os
mercadores, e preservar certos privilégios da
antiga aristocracia, como o latifúndio e a escravidão.
d) Como forma de promover maior desenvolvimento da cidade,
equiparando-se agricultura e comércio,
baseados nos trabalhos dos thetas.
e) Devido às pretensões da elite agrária, em fazer de Atenas cidade
hegemônica, como ocorreria no
século seguinte.


11 - A cultura da Grécia Antiga é considerada a base da cultura da
civilização ocidental. A cultura grega exerceu poderosa influência
sobre os romanos, que se encarregaram de repassá-la a diversas partes
da Europa. A civilização grega antiga teve influência na linguagem, na
política, no sistema educacional, na filosofia, na ciência, na
tecnologia, na arte e na arquitectura moderna, particularmente durante
a renascença da Europa ocidental e durante os diversos reviveres
neoclássicos dos séculos XVIII e XIX, na Europa e Américas.
Conceitos como cidadania e democracia são gregos, ou pelo menos de
pleno desenvolvimento na mão dos gregos. Qualquer história da Grécia
Antiga requer cautela na consulta a fontes. Os historiadores e
escritores políticos cujos trabalhos sobreviveram ao tempo eram, em
sua maioria, atenienses ou pró-atenienses, e todos conservadores. Por
isso se conhece melhor a história de Atenas do que a história das
outras cidades; além disso, esses homens concentraram seus trabalhos
mais em aspectos políticos (e militares e diplomáticos, desdobramentos
daqueles), ignorando o que veio a se conhecer modernamente por
história econômica e social. Toda a história da Grécia antiga precisa
dar atenção à condução parcial pelas fontes.
O século V a.C. marca a passagem do período arcaico para o período
clássico na história dos antigos gregos. O elemento que marcou essa
mudança foi:
a) O grande desenvolvimento cultural de Atenas, liderado por Péricles,
permitindo à cidade liderar todo o
mundo grego.
b) As Guerras Médicas, que possibilitaram o fortalecimento de diversas
cidades gregas, dando início à
hegemonia dos gregos.
c) O antagonismo entre Atenas e Esparta, mais aguçado, determinando um
conjunto de lutas internas pelo
poder.
d) A derrota do Império Persa, que permitiu aos gregos o início do
expansionismo sobre a parte do
Oriente e a criação da cultura helenística.
e) O início de um período caracterizado pela hegemonia de uma cidade
sobre outras, eliminando a
soberania da maioria das póleis.


12 - Um dos aspectos mais significativos da cultura grega antiga foi o
teatro. Os gregos o desenvolveram de tal forma que até os dias atuais,
artistas, dramaturgos e demais envolvidos nas artes cênicas sofrem a
influência suas influências. Diversas peças teatrais criadas na Grécia
Antiga são até hoje encenadas.
O teatro grego surgiu a partir da evolução das artes e cerimônias
gregas como, por exemplo, a festa em homenagem ao deus Dionísio (deus
do vinho e das festas). Nesta festa, os jovens dançavam e cantavam
dentro do templo deste deus, oferecendo-lhe vinho. Com o tempo, esta
festa começou a ganhar uma certa organização, sendo representada para
diversas pessoas.
Durante o período clássico da história da Grécia (século V a.C.) foram
estabelecidos os estilos mais conhecidos de teatro: a tragédia e a
comédia. Ésquilo e Sófocles são os dramaturgos de maior importância
desta época. A ação, diversos personagens e temas cotidianos foram
representados nos teatros gregos desta época.
Nesta época clássica foram construídos diversos teatros ao ar livre.
Eram aproveitadas montanhas e colinas de pedra para servirem de
suporte para as arquibancadas. A acústica (propagação do som) era
perfeita, de tal forma que a pessoa sentada na última fileira (parte
superior) podia ouvir tão bem a voz dos atores, quanto quem estivesse
sentado na primeira fileira.
Através da cultura, a sociedade humana constrói seu conhecimento sobre
a natureza e procura decifrar os mistérios do universo.
A produção cultural foi um dos destaques da Grécia na Antiguidade. Na época, o
teatro grego:
a) conseguiu sintetizar as preocupações religiosas da sociedade,
criticando as concepções mitológicas dominantes
b) teve suas encenações ao ar livre bastante admiradas, com atores do
sexo masculino, usando máscaras nas representações.
c) divertiu o povo com suas comédias cheias de ironia filosófica,
evitando a representação de temas sobre as angústias humanas.
d) representou a vida confusa dos deuses gregos, contribuindo para
esvaziar o poder dos mitos e da aristocracia.
e) foi à expressão das preocupações filosóficas do seu povo,
divulgando uma ética democrática sem ligações com a religião.


 "Nossas leis das Doze Tábuas, tão páreas em impor a pena capital,
castigavam com essa pena o autor ou o recitador de versos que atraísse
sobre outrem a infâmia." (Marco Túlio Cícero, Da República - Livro
Quarto. Rio de Janeiro: Athena Editora, 1979, p. 117.)
13 - As leis que o texto acima se refere, também conhecidas como as
primeiras leis escritas, foram criadas para regulamentar a organização
política e para estabelecer os direitos e deveres dos habitantes da
cidade. Esse conjunto de leis foi uma importante conquista conseguida:
a)Através de reuniões dos patrícios com a plebe, para com isso tomarem
decisões que agradassem a todos os cidadãos de Roma, evitando assim
possíveis revoltas.
b)Depois de uma longa e sangrenta guerra civil, envolvendo os
patrícios que lutavam contra os escravos e os plebeus, sendo que os
primeiros vencem e impõem as leis para reprimir seus inimigos
derrotados.
c)Durante uma revolta dos escravos e gladiadores, que eram muito mal
tratados e que decidem tentar tomar o poder que estava concentrado nas
mãos dos plebeus.
d)Após uma série de debates em praça pública, onde todos os cidadãos
decidiram a melhor forma de criar as leis e coloca-las em prática,
adotando um sistema democrático como o de Atenas.
e)Através de uma série de revoltas que envolveram a plebe, e onde
estes se retiraram da cidade e foram se fixar no Monte Sagrado,
conseguindo com essa estratégia uma série de benefícios, como a
criação do cargo de Tribuno da Plebe, e as leis das Doze Tábuas.


 Leia o texto abaixo:
"Na República Romana, o Estado foi organizado por um conjunto de
instituições: Senado, magistraturas e Assembléias do povo ou Comícios.
O Senado supervisionava as finanças públicas e a administração das
províncias, conduzia a política externa, zelava pelas tradições e a
religião. Os Cônsules eram os principais magistrados, comandavam o
Exército, dirigiam o Estado, convocavam o Senado e presidiam os cultos
públicos. Os Comícios eram organizados por: tribos (assembléia
tributa, que nomeava questores e edis); classes, de acordo com a
fortuna (assembléia centuriata, que elegia os cônsules e votava as
leis); clãs (assembléia curiata, que decidia sobre matérias
religiosas)."
Com base no texto e nos conhecimentos históricos relativos à República
Romana, é correto afirmar:
A) A distribuição do poder entre as várias instituições republicanas
objetivava impedir a sua concentração em uma só pessoa.
B) A res publica (coisa pública), em seus primórdios, não
discriminava os habitantes de Roma, todos, indistintamente, partícipes
do poder com os mesmos direitos.
C) O povo, o conjunto de cidadãos romanos sem direito político algum,
era mero espectador das disputas entre os Cônsules e o Senado.
D) O poder dos Cônsules era limitado às ques­tões militares, sem
influência alguma sobre os negócios públicos.
E) O Exército, na República Romana, não tinha papel político ativo,
exceto como defensor da participação do povo, devido à origem popular
dos seus generais.


15 - O Império Romano é a fase da história da Roma Antiga
caracterizada por uma forma autocrática de governo. O Império Romano
sucedeu a República Romana que durou quase 500 anos (509 a.C. - 27
a.C.) e tinha sido enfraquecida pelo conflito entre Caio Mário e Lúcio
Cornélio Sula e pela guerra civil de Júlio César contra Pompeu.
Muitas datas são comumente propostas para marcar a transição da
República ao Império, incluindo a data da indicação de Júlio César
como ditador perpétuo (44 a.C.), a vitória de seu herdeiro Otaviano na
Batalha de Áccio (2 de setembro de 31 a.C.), ou a data em que o senado
romano outorgou a Otaviano o título honorífico Augusto (16 de janeiro
de 27 a.C.).
Também a data do fim do Império Romano é atribuída por alguns ao ano
395, com a morte de Teodósio I, após a qual o império foi dividido em
pars occidentalis e pars orientalis. A parte ocidental, o Império
Romano do Ocidente terminou, por convenção, em 476, ano em que Odoacro
depôs o último imperador Rômulo Augusto, ou mais precisamente até a
morte do seu predecessor, Júlio Nepos, que se considerava ainda
imperador (a assim era considerado por seu par oriental). Já o Império
Romano do Oriente perdurou até a queda de Constantinopla pelos turcos
otomanos em 1453.
Assim, Império Romano tornou-se a designação utilizada por convenção
para referir ao Estado romano nos séculos que se seguiram à
reorganização política efectuada pelo primeiro imperador, César
Augusto. Embora Roma possuísse colónias e províncias antes desta data,
o Estado pré-Augusto é conhecido como República Romana.
Durante o Baixo Império, o império romano viveu grande decadência,
determinada principalmente pela (o):
a)Retração das guerras, responsável pela diminuição do afluxo de
riquezas, crise do escravismo e da própria produção
b)Crise do comércio romano pelo Mediterrâneo, dado a ocupação
realizada pelos povos bárbaros
c)Adesão imperador Constantino ao cristianismo, diminuindo a força do paganismo
d)Guerra civil envolvendo patrícios e plebeus, determinando a
decadência da produção agrícola
e)Édito do máximo, responsável pela ilimitação da produção agrícola e
importação de escravos


GABARITO: 1D; 2C; 3A; 4E; 5E; 6D; 7A; 8E; 9B; 10C; 11E; 12B; 13E; 14A e 15A.

Um comentário:

  1. Salve Marcelão! Estava só a espera do gabarito, pois não pude ir ao plantão. Obrigada! Parabéns pelo blog, tá show! Abraço Hanna

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