terça-feira, 27 de dezembro de 2011

REVISÃOZÃO: REPÚBLICA VELHA.

 REPÚBLICA DA ESPADA (1889 a 1894)
   Predominância do exército e da classe dominante.

Governo Provisório de Deodoro
(1889 a 1891)
- regime político: república federativa;
- transformação das províncias em estados;
- instituição da bandeira republicana;
- grande naturalização;
- separação entre o estado e a igreja;
- instituição do casamento civil;
- crise do Encilhamento (Rui Barbosa, sonho de industrialização que resulta em especulação financeira);
- convocação de uma Assembléia Constituinte.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL (1891)
- federalismo;
- forma republicana (presidencialismo – temporário e eletivo);
- três poderes independentes e harmônicos entre si;
- sistema representativo bicameral;
- voto aberto, desvinculado para os homens alfabetizados e maiores de 21 anos;
- partidos políticos regionalizados: Partido Republicano Paulista, Partido Republicano Mineiro, Partido Republicano Riograndense, etc.

GOVERNO DE DEODORO DA FONSECA
(janeiro a novembro de 1891)
- eleito indiretamente pela Assembléia Constituinte que se transformou em Colégio Eleitoral;
- vice-presidente: Floriano Peixoto;
- grande oposição no Congresso por parte do Partido Republicano Paulista;
- dissolução do Congresso, decretação do estado de sítio, prisão de adversários políticos;
renúncia.

GOVERNO DE FLORIANO PEIXOTO (1891 a 1894)
- desrespeito ao art. 42 da Constituição (previa novas eleições para a presidência, pois não havia decorrido o prazo de dois anos de mandato);
- reabertura do Congresso;
- jacobinismo florianista (adesão ao nacionalismo de Floriano por parte das camadas médias da população);
- Revolta Federalista (RS – 1893 a 1895): Júlio de Castilhos, representante do Partido Republicano Riograndense contra Gaspar Silveira Martins, representante do Partido Federalista (dissidência do PRR), que se opunha à política despótica de Castilhos;
- Revolta da Armada (RJ – 1893 a 1894): a Marinha que perdeu os privilégios com a proclamação da república (articulada pelo exército), vai levantar a bandeira monárquica.

REPÚBLICA DAS OLIGARQUIAS (1894 a 1930)
Domínio político dos estados de SP e MG, através do coronelismo e das fraudes eleitorais.

GOVERNO DE PRUDENTE DE MORAIS (1894 a 1898)
- eleito pelos cafeeiros;
- primeiro presidente civil eleito, através de eleições diretas;
- tentou sanear a crise econômica, resultante do Encilhamento;
- boas relações com o capitalismo internacional (Inglaterra);
- pacificou e concedeu anistia aos revoltosos da Revolta Federalista;
 Movimentos Messiânicos: os excluídos sociais se apegavam à figura e às promessas de um beato, um profeta, um “homem de Deus” e o seguiam cegamente. São movimentos messiânicos: Canudos e Contestado (no Gov. de Hermes da Fonseca).
- Revolta de Canudos (BA – 1896 a 1897): Antonio Conselheiro, líder religioso de uma comunidade de excluídos, desenvolveram atividades agrícolas, pastoris e comerciais, contrariando o poder dos coronéis, foram massacrados pelos jagunços de diversos coronéis e pelo governo federal.

GOVERNO DE CAMPOS SALES (1898 a 1902)
- eleito pelo setor cafeeiro;
- a economia estava à beira da falência, tomou medidas drásticas, com a criação de novos impostos, redução dos gastos públicos, barrou a emissão de moedas;
- carestia e desemprego;
- firme intenção de especializar o país na exportação de produtos agrícolas e riquezas naturais;
- funding-loan (negociação da dívida externa, que já estava em 80 milhões de libras esterlinas);
- balança comercial favorável;
- idealizador da Política dos Governadores (manipulações estaduais e apoio irrestrito à política federal).

GOVERNO DE RODRIGUES ALVES (1902 a 1906)
- eleito pela oligarquia cafeeira;
- superprodução de café – Convênio de Taubaté (SP, MG e RJ, compravam os excedentes dos barões do café = dívida dos estados);
- Questão de Palmas (disputa da região das Missões, no RS, entre a Argentina e Brasil – invocação do Tratado de Badajós – 1801);
- Guiana Francesa (disputa entre a França e o Brasil, pelo estado do Amapá – invocação do Tratado de Utrecht – 1713);
- o diplomata Barão de Rio Branco, será o grande defensor nas questões de limites e territórios, levando o Brasil a ganhar as causas no arbitramento;
- compra do Acre (da Bolívia), através do Tratado de Petrópolis, em 1903, devido ao surto da borracha na região amazônica;
- saneamento do Rio de Janeiro;
- combate à febre amarela (médico sanitarista: Oswaldo Cruz);
- Revolta da Vacina: o povo do RJ se coloca contra a obrigatoriedade da vacinação, falta de esclarecimento da população, levando o governo federal a decretar estado de sítio, na capital do país.

GOVERNO DE AFONSO PENA (1906 a 1909)
- representante dos mineiros;
- tornou o serviço militar obrigatório;
- Plano Nacional de Valorização do Café;
- incentivo às indústrias;
- surge o movimento operário, através de greves:
1906 – 1ª Greve: ferroviários paulistas (condições de trabalho);
1907 – metalúrgicos, sapateiros, artesãos e gráficos paralisam exigindo a fixação da jornada de trabalho em 8h/diárias.
- morreu em 1909, assume seu vice, Nilo Peçanha.

GOVERNO DE NILO PEÇANHA (1909 a 1910)
- criou o Serviço de Proteção ao Índio (dirigido pelo Mal. Rondon);
- Campanha Civilista: Rui Barbosa exige moralização na política e se coloca contra a candidatura de Hermes da Fonseca.

GOVERNO DE HERMES DA FONSECA (1910 a 1914)
- eleito pelos paulistas e mineiros;
- idealizador da Política das Salvações (intervenção nos estados, resultado da Campanha Civilista);
- Revolta da Chibata (RJ – 1910): marinhos se revoltam contra os castigos corporais;
- Revolta de Pe. Cícero (CE – 1913 a 1914): luta contra a intervenção do governo federal e conseqüente retirada dos Accioli do poder cearense, sertanejos liderados por Pe. Cícero conseguem a recondução dos Accioli ao poder;
- Guerra do Contestado (SC e PR – 1912 a 1916): camponeses sem terra, liderados pelo beato José Maria (movimento messiânico), resultando na destruição das vilas santas e morte de 20.000 camponeses. Primeiro movimento de reivindicação por reforma agrária;
- Cangaço (Nordeste): no início apoiavam os coronéis, depois passam a roubá-los para dar aos pobres (banditismo social).

GOVERNO DE VENCESLAU BRÁS (1914 a 1919)
- no cenário mundial, eclode a Primeira Grande Guerra (1914 a 1918), o Brasil fornece alimentos e matéria-prima aos países da Tríplice Entente (França, Inglaterra, Rússia e EUA);
- aumento da classe operária e do movimento reivindicatório;
- em 1917, operários da Fábrica Crespi (SP) entram em greve exigindo reajuste salarial;
- Lei Adolfo Gordo: expulsão de operários estrangeiros anarquistas.

GOVERNO DE EPITÁCIO PESSOA (1919 a 1921)
- dependência econômica dos EUA (empréstimos);
- investimentos no Nordeste, no combate à seca;
- incentivo à valorização do café;
- inflação e custo de vida altos;
- em 1919: greve geral de operários no RJ;
- Lei de Repressão ao Anarquismo: punição a operários de tendência anarquista, independente da sua nacionalidade;
- 1922: Semana de Arte Moderna – manifestação artística e política;
- 1922: fundação do Partido Comunista Brasileiro;
- crise política com a indicação de Artur Bernardes (apoiado por SP e MG) à presidência, em oposição os Estados da BA, RJ e PE indicam Nilo Peçanha, como candidato (Reação Republicana).
 Tenentismo: movimento da baixa oficialidade, com o objetivo de promover a moralização política no país, se achavam os “salvadores da pátria”!
- Levante dos 18 do Forte (Copacabana – RJ - 1922): tenentes se aquartelam, contra a posse de Artur Bernardes, somente dois sobrevivem, Eduardo Gomes e Siqueira Campos.

GOVERNO DE ARTUR BERNARDES (1922 a 1926)
- governou em estado de sítio, durante todo seu mandato, resultado dos movimentos tenentistas;
criou o Instituto do Café, em 1924;
- Revolta de 1923 (RS): Borges de Medeiros, representante do Partido Republicano Riograndense, que estava havia sido eleito pela 5ª vez, vai sofrer a oposição da chamada Aliança Libertadora liderada por Assis Brasil (Partido Libertador), que tentam impedir a posse de Borges de Medeiros através das armas. Com a intervenção do governo federal, será assinado o Pacto de Pedras Altas (proibindo a reeleição do governador).
- Revolta Paulista (1924): Gen. Isidoro Dias Lopes, Ten. Juarez Távora e Nilo Peçanha se colocam contra a política de Artur Bernardes, vão se unir à Coluna Prestes;
- Coluna Prestes (1925 a 1927): partiu de Santo Ângelo (RS), liderados por Luis Carlos Prestes e percorreram 24.000 Km, com o objetivo único de atacar o governo de Bernardes e, em 1929 seus principais líderes exilaram-se na Bolívia, dispersando completamente.

GOVERNO DE WASHINGTON LUÍS (1926 a 1930)
- Ao assumir restabelece a liberdade de imprensa, caçada no governo de Artur Bernardes;
- devido as manifestações do Bloco Operário Camponês (de tendências comunistas), edita a Lei Celerada, censurando a imprensa e restringindo o direito de reunião;
- tinha como lema: “governar é abrir estradas”;
- no cenário mundial, a Bolsa de Valores de Nova York sofre o “crash” (outubro/1929)  afetando a economia mundial, no Brasil os reflexos serão sentidos pelos cafeicultores;
- sua indecisão política, quanto à indicação do próximo candidato à presidência, irá resultar na Revolução de 1930.
  Revolução de 1930: Antonio Carlos (MG) deveria ser o sucessor de Washington Luís, mas este apóia Júlio Prestes (SP), Antonio Carlos então convida Getúlio Vargas (RS) e João Pessoa (PB) para formarem a Aliança Liberal e, assim combater a candidatura de Júlio Prestes. Através de manipulações Júlio Prestes sai vencedor nas urnas, mas não chega a assumir a presidência, pois João Pessoa é assassinado, os tenentes que apoiavam Vargas incondicionalmente vão engrossar as fileiras da revolta armada que começa, aqui no RS, em 03/10/1930 e depois tomará conta do Brasil. Os generais Mena Barreto e Tasso Fragoso, temendo que a revolta tomasse proporções de uma guerra civil, vão depor Washington Luís, em 24.10.1930 e, em 03.11.1930 vão entregar o poder à Getúlio Dornelles Vargas.

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