Em 19/03/1964, liderada por um capelão americano, padre Patrick Peyton, enviado ao Brasil para criar mobilização popular contra o governo, começa a Marcha da Família com Deus pela Liberdade para dar legitimidade ao golpe. A mobilização foi respaldada por Adhemar de Barros e Carlos Lacerda.
Foi uma manifestação pública organizada por setores conservadores da sociedade brasileira em resposta ao comício realizado no Rio de Janeiro em 13 de março de 1964, durante o qual o presidente João Goulart anunciou seu programa de reformas de base. Supostamente, congregou meio milhão de pessoas em repúdio ao Presidente João Goulart e ao regime comunista vigente em outros países.
Os militares juntamente com os políticos organizavam a derrubada de Goulart com o apoio da classe média. A marcha da família teve o apoio dos grandes empresários, que fecharam suas empresas em horário comercial e transportaram as pessoas para a manifestação.
Como os arquivos do governo de Lindon Johnson comprovariam, vinte anos mais tarde, foi feita uma operação militar chamada Brother Sam para atuar no Brasil. Teria sido um plano de guerra dos EUA contra as forças janguistas no Brasil. Poderia ter havido um sério conflito bélico entre os dois países, e, embora os EUA pareçam ter vantagem, já estavam investindo em recursos financeiros, armamentistas e humanos noutra guerra, contra o Vietnã, onde o país norte-americano saiu derrotado, anos depois.
Bibliografia básica recomendada
Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro (título: Revolução de 1964)
Anos de Chumbo, Celso de Castro (Relume-Dumará)
As Forças Armadas: Política e Ideologia no Brasil, Eliézer de Oliveira (Editora Vozes, 1976)
O Papel dos Estados Unidos da América no Golpe de Estado de 31 de Março, Phyllis Parker (Editora Civilização Brasileira, 1977).
1964, Visto e Comentado pela Casa Branca, Marcos Sá Corrêa (L&PM)
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