segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

VIAJANDO NO TEMPO

1991 – Fim da Guerra do Golfo.

A Guerra do Golfo foi um conflito militar iniciado em 2 de agosto de 1990 na região do Golfo Pérsico, com a invasão do Kuwait por tropas do Iraque. Esta guerra envolveu uma coalização de forças de países ocidentais liderados pelos Estados Unidos da América e Grã Bretanha e países do Médio Oriente, como a Arábia Saudita e o Egito, contra o Iraque.
Depois da Guerra Irã-Iraque, a Guerra do Golfo foi possivelmente um dos maiores massacres da história do Médio Oriente. Mais de 100 mil soldados iraquianos foram mortos contra cerca de mil baixas das forças da coalizão.
Em julho de 1990, Saddam Hussein, então presidente do Iraque, acusou o Kuwait de causar a queda dos preços do petróleo e retomou antigas questões de limites territoriais, além de exigir indenizações. Como o Kuwait não cedeu, em 2 de agosto de 1990, tropas iraquianas invadiram o Kuwait, com a exigência do presidente Saddam Hussein de controlar seus vastos e valiosos campos de petróleo. Este acontecimento provocou uma reação imediata da comunidade internacional.
Os bens do emirado árabe foram bloqueados no exterior e a ONU condenou a invasão. Dois dias após a invasão (4 de agosto), cerca de 6 mil cidadãos ocidentais foram feitos reféns e conduzidos ao Iraque, onde alguns deles foram colocados em áreas estratégicas. Nesse dia, o Conselho de Segurança da ONU impôs o boicote comercial, financeiro e militar ao Iraque. Em 28 de agosto, Saddam respondeu a essa decisão com a anexação do Kuwait como a 19ª província do Iraque.
Perante os desenvolvimentos do conflito, a ONU, em 29 de novembro, autorizou o uso da força, caso o Iraque não abandonasse o território do Kuwait até 15 de janeiro de 1991. Uma coalizão de 29 países, liderada pelos Estados Unidos da América foi mobilizada.
A atividade diplomática intensa fracassou, e em 17 de janeiro de 1991 um massivo ataque aéreo foi iniciado. Do conjunto de nações participantes, destacam-se os Estados Unidos da América, a Grã-Bretanha, a França, a Arábia Saudita, o Egito e a Síria. Quase no limite do prazo dado pela ONU para a retirada do Kuwait, o Irã e a União Soviética fizeram um último esforço pela paz.
Durante uma década o Iraque fora um aliado do Ocidente na guerra contra o Irã (1980-1988), um conflito que, para o líder iraquiano, parecia trazer uma excelente oportunidade para tirar dividendos dos países que havia protegido. O Iraque começou por invadir o Norte do Kuwait, para ter um acesso mais rápido ao mar, mas fracassou, embora não desistisse dos seus intentos.
A riqueza do Kuwait era a saída ideal para a salvação das finanças do país e possibilitava o sonho de unir o mundo árabe em seu proveito, uma ideia que justificava com o passado glorioso dos Califas de Bagdá e com o apelo à hostilidade contra o velho inimigo israelita. Saddam Hussein tinha os meios para agir. Possuía um exército bem apetrechado, sentia-se apoiado pela população e contava com a falta de interesse do mundo ocidental.
Ao contrário do que esperava, a comunidade internacional reagiu de imediato, e de uma forma bastante firme, à ofensiva iraquiana. Foram enviadas para a Arábia Saudita e para o Golfo Pérsico forças aliadas de cerca de 750.000 homens (lideradas pelos EUA, apoiadas pela ONU, pela OTAN e por outros Estados árabes) acompanhados de carros blindados, aviões e navios.
Em 25 de janeiro, as forças aliadas que haviam estabelecido a supremacia aérea, bombardeando as forças iraquianas que não podiam abrigar-se nos desertos do sul do Iraque. As forças da ONU, sob as ordens do comandante-em-chefe, general Norman Schwarzkopf, desencadearam a denominada "Operação Tempestade no Deserto" (nome por que ficou conhecida), que durou de 25 a 28 de fevereiro, na qual as forças iraquianas sofreram fragorosa derrota. No final da operação, o Kuwait foi libertado.
Até 24 de fevereiro os aliados bombardearam com alta tecnologia alvos militares no Kuwait e em seguida no Iraque, até 2 de março, lançaram uma operação terrestre com um exército composto por meio milhão de soldados, chefiado pelos Estados Unidos, que resultou na reconquista do Kuwait e na entrada no Iraque. A guerra em terra foi denominada por Hussein de "mãe de todas as batalhas".
Em poucas semanas as defesas aéreas iraquianas estavam destruídas, bem como grande parte das redes de comunicações, dos edifícios públicos, dos depósitos de armamento e das refinarias de petróleo. Em 27 de fevereiro, a maior parte da Guarda Republicana de elite do Iraque fora destruída. Em 28 de fevereiro, o presidente norte americano, George Bush, declarou o cessar-fogo.
Em abril o Iraque aceitou o cesar fogo, porém sofreu duras sanções econômicas por não entregar seu armamento químico e biológico. A independência do Kuwait fora restaurada, mas o embargo econômico das Nações Unidas ao Iraque tornou-se ainda mais severo.
Pelo lado aliado, a guerra contou com importante equipamento eletrônico , principalmente os caças F-117, bombas guiadas a laser e mísseis teleguiados. O sistema de defesa iraquiano, que incluía armas químicas e biológicas, e foi planejadamente destruido por mísseis ar-terra. O Iraque não usou, como ameaçara, o gás de combate. Os mísseis SCUD que mandara lançar sobre Israel também falharam o seu intento de fazer com que este país entrasse no conflito, por forma a reunir o apoio das nações árabes. A superioridade tecnológica do Ocidente era avassaladora. Saddam estava isolado e em pouco tempo foi derrotado.
(http://www.cnn.com/SPECIALS/2001/gulf.war/timeline/frameset.exclude.html)

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