1. Considere a imagem a seguir.
(DUFOURNET. Jean. Les Très Riches Heures du Duc de Berry.Paris: Bibliothèque de l’Image, 1995. p. 57.)
A imagem apresentada, relativa ao mês de outubro,
nos remete ao sistema político-econômico existente
na Idade Média. Esse sistema era o
(A) capitalismo, em que a sociedade era dividida entre
aqueles que possuíam os meios de produção
e aqueles que vendiam sua força de trabalho.
(B) socialismo, em que as diferenças sociais eram
definidas pelo lugar de nascimento.
(C) feudalismo, em que a propriedade da terra
definia as diferenças entre os grupos sociais.
(D) comunismo, em que não existiam diferenças
sociais, e o trabalho era dividido igualmente assim
como as riquezas produzidas.
(E) papismo, em que o governante e o líder religioso
criavam uma explicação divina para o lugar de
cada indivíduo dentro da sociedade.
2. "Se você observar a Inglaterra no século XVII, verá
que é uma potência de segunda classe, levando um
embaixador inglês, em 1640, a dizer que seu país
não gozava de qualquer consideração no mundo.
O que era verdade. Mas já no começo do século
XVIII, a Inglaterra é a maior potência mundial.
Logo, alguma coisa aconteceu no meio disso. E eu
creio que o que houve no meio foram a Guerra Civil
e a Revolução que tiveram efeitos fundamentais.
[...] O resultado foi que, se a Inglaterra no século
XVII era importadora de cereais e padecia de fome
e escassez, no fim desse século já era exportadora
e não havia mais fome. Tudo isso, como é óbvio,
convergiu para a irrupção da Revolução Industrial
no final do século seguinte."
(Trecho da entrevista feita com o historiador Christopher Hill à
Folha de S. Paulo, em 10.08.1988.)
Sobre as revoluções inglesas, ocorridas no século
XVIII, é correto afirmar que
(A) o processo dessas revoluções foi inspirado nos
ideais iluministas do século XVIII culminando,
assim como na França, na decapitação do rei.
(B) Oliver Cromwell, apesar de ter comandado os
yeomen, acabou derrotado pelas tropas leais ao
rei.
(C) foram um movimento que retardou a chegada da
Revolução Industrial por terem levado a nação a
afundar-se numa guerra civil sem fim.
(D) serviram para fortalecer a figura do rei e da
monarquia absolutista em detrimento do Parlamento
e da gentry.
(E) estabeleceram uma nova realidade política e
religiosa, pois o Parlamento consolidou seus
direitos, e os não anglicanos tiveram garantia de
tolerância religiosa.
3. “A produção açucareira, limitada até o século XV, pôde deslanchar com a conquista do novo mundo.”
(CAMPOS, Flávio de & MIRANDA, Renan Garcia. A escrita da história. São Paulo: Editora Escala Educacional, 2005.p.206.)
A explicação para a afirmação acima está
(A) no sistema de plantation que foi implantado na América, caracterizando-se pela produção em larga escala,
pelo latifúndio, pela monocultura e pela mão de obra assalariada.
(B) na implantação das capitanias hereditárias na América portuguesa, o que facilitou o cultivo da cana por todo
o território colonial.
(C) na agricultura de subsistência, que foi largamente utilizada nas colônias americanas e que impulsionou o
plantio da cana.
(D) nas mudas de cana-de-açúcar encontradas em solo americano, que eram mudas de melhor qualidade do
que aquelas encontradas no Oriente.
(E) no clima quente e úmido da região tropical, na fertilidade do solo e, principalmente, na disponibilidade de
imensas extensões de terra.
4. A Revolução de Fevereiro de 1917 derrubou Nicolau II e estabeleceu a República da Duma. Era o fim do
regime czarista. Essa primeira fase da Revolução Russa teve, como uma de suas características,
(A) a formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) que tinha como tarefa construir o
socialismo no mundo.
(B) a assinatura do Tratado de Brest-Litovsk com a Alemanha, pelo qual a Rússia entregava aos alemães a
Letônia, a Lituânia, a Estônia, a Finlândia, a Polônia e a Ucrânia.
(C) a crença no avanço do capitalismo na Rússia e da empresa privada como fonte do progresso econômico.
(D) a criação do Politburo (birô político), um pequeno grupo de dirigentes, nascido no interior do Comitê Central,
que determinava as políticas a serem adotadas no novo regime.
(E) a revolução permanente, inspirada nos ideais trotskistas de expansão imediata dos ideais revolucionários
para outros povos.
5. Considere o texto a seguir:
Art. 5º
[...]
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII – a lei considera crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática de tortura, o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos [...];
Art. 215. [...] § 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afrobrasileiras, e das
de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Acesso em 05.03.2010.)
Os artigos citados fazem parte da Constituição Brasileira de
(A) 1824, constituição de caráter conservador que instituiu o quarto poder, o poder moderador.
(B) 1891, constituição de inspiração norte-americana, consagrando a República Federativa, e que adotou o
presidencialismo.
(C) 1934, constituição que estabeleceu o voto secreto e deu direito de voto às mulheres.
(D) 1937, constituição chamada de Polaca, pois se baseava nos fundamentos legais do regime fascista polonês.
(E) 1988, constituição resultante de uma assembleia nacional constituinte e que foi uma resposta ao fim da
ditadura militar.
6. Leia com atenção os versos de cordel a seguir.
“Ele matava de brincadeira,
Por pura perversidade,
E alimentava os famintos
Com amor e caridade.”
“Por onde Lampião anda,
Minhoca fica valente,
Macaco briga com onça
E o carneiro não amansa.”
Nesses versos, a figura de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, apresenta algumas características
conflitantes e muito valorizadas dos grupos de cangaceiros que circulavam pelo sertão, na primeira metade
do século XX. Essas características, que despertavam respeito e identificação da população pobre do sertão
com esses grupos, era(m)
(A) o desprezo pela própria vida e pela vida alheia.
(B) a violência em alguns momentos e, em outros, a bondade para com os pobres.
(C) a covardia simbolizada pelas minhocas e, por vezes, a valentia simbolizada pela onça.
(D) a obediência às palavras do Evangelho - dai pão a quem tem fome - e às palavras da lei republicana, propondo
a justiça social no sertão.
(E) a fraqueza diante dos policiais e a valentia para enfrentar os camponeses.
GABARITO
1C; 2E; 3E; 4C; 5E e 6B.
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