sábado, 13 de agosto de 2011

SIMULINHO V

1. "Neste caso, como em quase tudo, os adventícios [que chegaram depois] deveriam habituar-se às soluções e muitas vezes aos recursos materiais dos primitivos moradores da terra. Às estreitas veredas e atalhos que estes tinham aberto para uso próprio nada acrescentariam aqueles de considerável, ao menos durante os primeiros tempos. Para o sertanista branco ou mameluco, o incipiente sistema de viação que aqui encontrou foi um auxiliar tão prestimoso e necessário quanto o fora para o indígena. Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens, em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mestre e colaborador inigualável nas entradas, sabiam os paulistas como transpor pelas passagens mais convenientes as matas espessas ou as montanhas aprumadas, e como escolher sítio para fazer pouso e plantar mantimentos."
(HOLANDA, Sérgio Buarque de. Caminhos e Fronteiras. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, pág. 19. Adaptado.)
Segundo o historiador Sérgio Buarque de Holanda, sobre os indígenas e os sertanistas que circulavam pelo
sistema de estradas que ligavam a vila de São Paulo ao sertão e à costa, é correto afirmar que
(A) os sertanistas precisaram construir muitas vias de acesso entre São Paulo e o sertão, substituindo as poucas e estreitas veredas abertas pelos indígenas.
(B) os indígenas foram importantes colaboradores dos paulistas nas entradas.
(C) os sertanistas, ao contrário dos indígenas, pouco sabiam da arte de transpor as matas e escolher o melhor lugar para fazer pouso.
(D) os sertanistas não conseguiram se adaptar aos recursos materiais dos indígenas.
(E) os indígenas se diferenciavam dos sertanistas por terem uma capacidade maior de transpor montanhas e
plantar mantimentos.

2. "No caso da história americana, um dos eventos mais retratados pela memória social é, sem dúvida, a chamada Marcha para o Oeste. Mesmo antes do surgimento do cinema, esses temas já faziam parte das imagens da história americana. A fronteira foi um tema constante dos pintores do século XIX. A imagem das caravanas de colonos e peregrinos, da corrida do ouro, dos cowboys, das estradas de ferro cruzando os desertos, dos ataques dos índios marcam a arte, a fotografia e também a cinematografia americana."
(CARVALHO, Mariza Soares de. In: http://www.historia.uff.br/primeirosescritos/files/pe02-2.pdf, acessado em 29.08.2009)
Entre os fatores que motivaram e favoreceram a Marcha para o Oeste está
(A) a possibilidade de as famílias de colonos tornarem-se proprietárias, o que também atraiu imigrantes europeus.
(B) o desejo de fugir da região litorânea afundada em guerras com tribos indígenas fixadas ali, desde o período da colonização.
(C) a beleza das paisagens americanas, o que atraiu muitos pintores e fotógrafos para aquela região.
(D) o avanço da indústria cinematográfica, que encontrou no Oeste o lugar perfeito para a realização de seus
filmes.
(E) a existência de terras férteis que incentivaram a ida, para o Oeste, de agricultores que buscavam ampliar
suas plantações de algodão.

3. Considere a foto para responder à questão.
Paris – Arco do Triunfo
(http://www.linternaute.com/paris/magazine/diaporama/06/paris-vu-du-ciel/1950/images/2.jpg, acessado em 02.09.2009)
O Arco do Triunfo foi iniciado por ordem de Napoleão Bonaparte em 1806, e a Paris dos boulevares (das
avenidas) surgiu a partir da reforma urbana implantada pelo barão Haussmann, prefeito de Paris entre 1853 e
1870, período em que a França era governada por Luís Bonaparte. A foto demonstra o resultado final dessas duas iniciativas que representam a vitória do projeto
(A) socialista de uma cidade em que seus espaços devem pertencer igualmente a todos os cidadãos.
(B) burguês em que o embelezamento da cidade, os parques, novos edifícios e monumentos devem atender
mais às necessidades da classe burguesa do que às da população mais pobre.
(C) anarquista de uma cidade onde a população não precisaria de um órgão governamental, pois os próprios
cidadãos a governariam.
(D) neoliberal em que a economia da cidade deve ser gerada não mais pelo investimento do Estado e sim pelo livre investimento das empresas privadas.
(E) comunista de uma cidade moldada nas diretrizes da Primeira Internacional Comunista.

4. Considere a charge para responder à questão.
(http://humbertodealmeida.com.br/wp-content/uploads/2008/07/jpg,
                                                                    acessado em 02.09.2009)
A charge é uma alusão ao voto
(A) secreto, uma conquista dos sindicatos operários
durante a era Vargas.
(B) censitário, em que havia a exigência de uma renda anual para votar e para se candidatar a cargos públicos.
(C) da mulher, fruto da luta feminina nos anos 30.
(D) da mandioca, em que votar era permitido apenas para homens livres e com uma renda igual ou superior ao valor de 1,5 toneladas de mandioca.
(E) do cabresto, uma característica do coronelismo.

5. Considere o texto e a charge para responder à questão.
GDANSK - O presidente e o primeiro-ministro da Polônia, Lech Kaczynski e Donald Tusk, comandaram nesta terçafeira, 1, em Gdansk, a cerimônia que lembrou o momento exato dos 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial. Às 4h45 de 1º de setembro de 1939, o encouraçado alemão Schleswig-Holstein abriu fogo contra a guarnição da península de Westerplatte, nas cercanias de Gdansk, dando início à Segunda Guerra Mundial. “Westerplatte é o símbolo da luta do fraco contra o forte”, assinalou Kaczynski, em discurso no qual reivindicou o papel de vítima da Polônia contra “os totalitarismos nazista e bolchevique”.
(http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,polemica-historica-marca-cerimonia-de-70-anos-da-2-guerra, 427842, 0.htm acessado em 05.09.2009)



(http://www.integral.br/zoom/imgs/324/image001.jpg, acessado em 01.09.2009


O trecho do artigo e a charge de Belmonte remontam a um importante e polêmico episódio ligado à 2ª Guerra Mundial. Esse episódio foi
(A) a divisão da Alemanha, logo após a 2ª Guerra Mundial, em Alemanha Ocidental, pertencente ao bloco capitalista, e Alemanha Oriental, pertencente ao bloco comunista.
(B) a operação Barba Ruiva, executada pela Alemanha e por ela descrita como uma cruzada para salvar a Europa do bolchevismo judaico.
(C) a batalha de Stalingrado, em que soldados e civis russos defenderam a cidade de Stalingrado do ataque
alemão, interessado no domínio do centro industrial existente às margens do rio Volga.
(D) o Dia D, momento que marcou o avanço da força aliada, liderada pela Rússia, sobre o exército alemão,
ocorrido na região da Normandia.
(E) a assinatura do pacto de não-agressão, assinado pela Rússia comunista e pela Alemanha nazista, pacto
esse que previa, em segredo, a divisão da Polônia entre as duas partes.

6. Considere a foto a seguir, que é uma referência da história política do Brasil da década de 80, para
responder à questão.
Comício na Praça da Sé - 1984
Os comícios que atraíram milhares de pessoas em todo o país eram realizados em defesa
(A) da anistia aos exilados políticos.
(B) das greves dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo.
(C) das eleições diretas para presidente.
(D) da  permanência dos militares no poder.
(E) de uma ação conjunta entre Brasil e Argentina para por fim à ditadura militar.

GABARITO
1b; 2a; 3b; 4e; 5e e 6c.

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