terça-feira, 16 de agosto de 2011

SIMULINHO VII

 1. “A principal diferença entre as pessoas, quanto ao
direito, é esta: todos os homens são ou livres ou
escravos. Os homens livres subdividem-se, por sua
vez, em nascidos livres e libertos ou forros. São
nascidos livres os que assim nasceram; são libertos
os que foram alforriados. Os libertos são de três
tipos: cidadãos romanos, cidadãos latinos ou nãocidadãos.”
(FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Roma. Vida pública e vida
privada. São Paulo: Editora Atual, 1993. p. 29.)
O documento acima retirado do Institutas, cap. I,
versículos 9-17, demonstra a existência em Roma
de uma
a) sociedade dividida por classes, onde a diferenciação
era feita pelo acúmulo de riquezas dessa
ou daquela classe.
b) divisão bastante clara dos homens, mas ao
mesmo tempo, deixa evidente que havia possibilidade
de mobilidade, mudança de um grupo
para outro.
c) sociedade igualitária, onde todos eram cidadãos
romanos com direitos e deveres muito claros.
d) divisão entre homens livres e não livres que se
mantinha por toda a vida, uma vez que era proibida
a mobilidade entre os grupos.
e) sociedade capitalista em que o crescimento pela
força do trabalho definia o lugar de cada indivíduo
dentro da sociedade.

2. Após a segunda guerra mundial, o Brasil viveu
importantes transformações em seu sistema político.
Em meio a esse processo, o país presenciou um
movimento chamado queremismo que
A) defendia a presença de Getúlio Vargas na condução
da transição democrática.
B) propunha a exclusão de Getulio Vargas do cenário
político nacional.
C) era liderada pela esquerda brasileira e exigia a
legalização do (PCB) Partido Comunista Brasileiro.
D) tinha como bandeira principal o retorno da política
do café com leite.
E) pedia a prisão do presidente Getúlio Vargas e de
seus colaboradores políticos.

3. “O calvinista Jean de Léry compara a violência dos
tupinambás e a dos católicos franceses que naquele
dia fatídico (24.8.1572) trucidaram e, em alguns
casos, devoraram seus compatriotas protestantes:
E que vimos na França (durante o São Bartolomeu)?
Sou francês e pesa-me dizê-lo. (...) O fígado e o coração
e outras partes do corpo de alguns indivíduos
não foram comidos por furiosos assassinos de que
se horrorizam os infernos? Não abominemos pois
em demasia a crueldade dos selvagens (brasileiros)
antropófagos. Existem entre nós (franceses)
criaturas tão abomináveis, se não mais, e mais detestáveis
do que aquelas que só investem contra
nações inimigas de que têm vingança a tomar. Não
é preciso ir à América, nem mesmo sair de nosso
país, para ver coisas tão monstruosas.”
(ALENCASTRO, Luís Felipe de. Folha de S. Paulo. 12 out.
1991, caderno Especial, p. 7.)
Através da comparação feita por Jean de Léry que
visitou o Brasil na segunda metade da década de
1550, pode-se afirmar que Léry
A) chama a atenção para a aberração do canibalismo
existente na França, coisa nunca antes vista
na história da humanidade, e para a guerra santa
travada no continente americano.
B) elabora, ao comparar os selvagens brasileiros aos
católicos franceses, uma reflexão original onde o
canibalismo; sai do âmbito da animalidade e passa
a integrar a história da humanidade, mais ainda
a história européia de seu tempo.
C) defende os católicos franceses quanto aos acontecimentos
que testemunhou e dos quais foi
quase vítima na França de 1572 (a noite de São
Bartolomeu), e acusa os tupinambás de seres irremediavelmente
selvagens.
D) concorda com a idéia de que os católicos, apesar
da brutalidade praticada contra os protestantes,
agiram forçados pela rainha Catarina de Médice,
diferentemente dos tupinambás, que agem pela
sua natureza não-humana.
E) considera que a Noite de São Bartolomeu se
transformou num símbolo das guerras religiosas
de seu tempo e a prática do canibalismo se
transformou no símbolo da selvageria do Novo
Mundo.

4. “De todos os que escreveram no calor da hora sobre os acontecimentos de 68, só Morin estava certo: Vão ser precisos anos e anos para se entender o que se passou.
Já se passaram 20 anos, e 68 continua a ser uma obra aberta, para citar uma categoria então na moda. Aliás, o seu criador, Umberto Eco, foi quem recentemente forneceu a melhor pista para se aproximar daquele ano-chave: Podese processá-lo, analisá-lo, condená-lo, mas não cancelá-lo como um fenômeno de loucura.”
(AVENTURA, Zuenir. 1968. O ano que não terminou. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1988. p. 13-14.)
Entre os acontecimentos de 1968, que completam neste ano 40 anos, pode-se destacar
A) a Primavera de Praga. Na Tchecoslováquia, estudantes e intelectuais se unem em torno da liberdade econômica e política (pluralismo partidário e completo desligamento da União Soviética), derrubando o governo comunista e aliando-se aos EUA.
B) a Revolução Cubana. Jovens liderados por Fidel Castro derrubaram a ditadura de Fulgêncio Batista e o
país, antes repleto de cassinos, de casas de prostituição, de hotéis de luxo e de latifúndios de tabaco e
cana-de-açúcar se transformou na presença comunista na América.
C) as Barricadas de Paris. Estudantes franceses se revoltaram contra a estrutura ultrapassada do ensino, tomando as ruas com barricadas, as chamadas “barricadas do desejo”.
D) a Revolução Cultural na China. Jovens estudantes criticaram o autoritarismo dos professores e o isolamento das universidades, e passaram a usar o Livro Vermelho, as citações de Mao como guia cultural pregando a liberdade sexual e a religiosa, entre outras.
E) a Guerra do Vietnã. Tropas americanas, repletas de jovens, lutaram contra o avanço comunista do Vietnã
do Norte liderado pelo presidente Ho Chi Minh contra o Vietnã do Sul; esta guerra resultou na maior vitória
americana no século XX.

5. “Pânico e fascínio tomaram conta da população do
Rio de Janeiro entre os dias 23 e 26 de novembro
de 1910, tempo que durou a revolta dos Marinheiros
contra o uso da chibata e outras práticas humilhantes
vigentes na marinha brasileira.”
(CARV ALHO, José Murilo de. Pontos e bordados. Escritos de
história e política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 15.)
Sobre a revolta a que o texto se refere, é correto
afirmar que
A) entre seus participantes, além dos marinheiros,
também estavam os almirantes que reivindicavam
melhores salários.
B) a população apoiava o governo e acusava os
marinheiros dos bombardeios que causaram um
grande número de mortes na cidade do Rio de
Janeiro.
C) inicialmente os marinheiro foram anistiados, porém,
pouco tempo depois, a anistia foi esquecida
e os rebeldes foram presos e duramente
castigados.
D) a revolta foi apenas um pretexto para os marinheiros
se rebelarem contra o governo federal,
pois o verdadeiro intuito era tomar o palácio do
Catete.
E) os jornais e o mediador entre o governo e os rebeldes
apontavam a ausência de uma liderança,
pois as conversações eram feitas por meio de
uma comissão.

6. A assinatura da lei Áurea, que aboliu a escravidão
no Brasil, completa neste ano de 2008 cento e vinte
anos. Assinada pela princesa Isabel, filha do então
imperador D. Pedro II, esta lei punha fim à quase
quatrocentos anos de escravidão. Nesse longo
período os negros cativos
A) se conformaram com sua situação e, na maioria
dos casos, ajudavam os senhores de escravos a
administrar o cotidiano da senzala.
B) se enquadraram rapidamente no mundo escravo,
pois já estavam acostumados com as formas
de escravidão existentes na África.
C) apresentaram diferentes formas de resistência
como sabotagens na produção do açúcar, fugas,
agressões a feitores e senhores, e a preservação
de crenças e ritos africanos.
D) chegaram a montar grupos de guerreiros que assaltavam
as senzalas, assassinavam senhores
e feitores, e conseguiram criar um estado negro
independente no Maranhão.
E) perderam completamente suas tradições culturais
tais como a religião, a língua e as festas, que
foram substituídas pela cultura do branco.

GABARITO
1b; 2a; 3b; 4c; 5c e 6c.

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