quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

PENSANDO ALTO

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade."
(Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ÚLTIMA HORA

 Vamos dar uma olhadinha para a UFRGS
- Êxodo Hebraico(1292 a. C.)
- Fundação da Vila de São Vicente e viagem de Pero Lopes de Sousa(1532)
- Fundação dos Sete Povos das Missões(1682)
- Criação da Vacaria dos Pinhais(1702)
- Derrota austro - prussiana na Batalha de Walmy(1792)
- Paz de Amiens entre Napoleão e Inglaterra(1802)
- Derrota de Napoleão na Campanha da Rússia(1812)
- Proclamação da Independência do Brasil(1822)
- Fundação do Partido Farroupilha no RS e Guerra dos Cabanos(1832)
- Tratado de Nanquim e Revoltas Liberais em SP e MG(1842)
- Plebiscito na França(II Império) e Intervenção contra Rosas(1852)
- Posse de Bismarck na Prússia e Projeto Grande Paraguai de Solano Lopez(1862)
- Questão Religiosa e Revolta dos Muckers(1872)
- Barão Rotschild financia colônias judias na Palestina(1882)
- Manifesto dos Generais contra Floriano Peixoto(1892)
- Fim da Guerra dos Böeres - Paz de Pretória(1902)
- I Guerra Balcânica e Guerra do Contestado(1912)
- Marcha sobre Roma e Revolta dos 18 do Forte(1922)
- Eleição de Roosevelt e Revolução Constitucionalista(1932)
- Derrota nazista em El - Alamein. Rompimento Brasil - Eixo. Início da Batalha de Stalingrado(1942)
- Macarthismo(1952)
- Crise dos Mísseis e Acordo de Evian(1962)
- Massacre de Munique(1972)
- Guerra das Malvinas e vitória da oposição para os governos de SP, RJ e MG(1982)
- Tratado de Maastrich, Guerra da Bósnia e Impeachment de Collor (1992)
- Eleição de Lula(2002)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

OFICINA DE HISTÓRIA

Queridos amigos da OFICINA DE HISTÓRIA, do UNIVERSITÁRIO - Dr. Flores, ontem encerramos nossas atividades. Fizemos o REVISÃOZÃO UFRGS acompanhados por 217 dedicados estudantes. Empenho, superação e determinação são algumas de nossas armas para a conquista da vaga. A semente que plantamos brotará na tua aprovação. Seu MESTRE agradece a parceria. É NÓIS! P!SS@ PRÁ UFRGS!


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

REVISÃOZÃO: DITADURA MILITAR.

 A ERA MILITAR (1964 a 1985)
- autoritarismo;
- os militares estavam divididos em:
• Linha Dura;
• Linha da Sorbonne.
- negou à sociedade brasileira de participar das decisões políticas;
- repressão policial;
- censura aos meios de comunicação;
- extinção do pluripartidarismo;
- limitação do direito de voto;
- modelo de desenvolvimento tecnoburocrático:
• modernização de setores de infra-estrutura;
• concentração de rendas nas classes altas;
• exclusão da classe trabalhadora de baixa renda dos benefícios sociais.
- dependência econômica externa.

GOVERNO DE CASTELO BRANCO (1964 a 1967)
- Linha da Sorbonne.
- eleito pelo Ato Institucional nº 1;
- caça às organizações classificadas como subversivas;
- passividade da UDN e PSD;
- oposição do PTB;
- criou o SNI (Serviço Nacional de Informações), tendo como idealizador o Gen. Golbery do Couto e Silva;
- nas eleições, a oposição vence em alguns estados (Guanabara – RJ e MG);
- preocupados editam o Ato Institucional nº 2 (dissolução dos partidos políticos e eleição indireta para Presidente da Repúlica);
- surge o bipartidarismo: ARENA e MDB;
- em maio de 1965, o grupo da Linha Dura consegue convencer em dar apoio aos EUA enviando tropas a República Dominicana;
- aumento do salário mínimo, anualmente;
- criou o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), suprimindo a estabilidade empregatícia;
- criação do BNH (Banco Nacional de Habitação);
- edição dos Atos Institucionais:
• AI – 3: eleição indireta para governadores e municípios considerados de “segurança nacional”;
• AI – 4: reabertura do Congresso para feitura e aprovação de nova Constituição.
- PAEG (Plano de Ação Econômica de Governo);
- Constituição de 1967:
• promulgada;
• estados-membros atrelados ao poder central.

GOVERNO DE COSTA E SILVA (1967 a 1969)
- Linha Dura
- onda de protestos contra o regime;
- surgimento da Frente Ampla: antigos líderes políticos (JK, Jango e Carlos Lacerda) se uniram como órgão de oposição;
- transformação da Para Sar (Unidade de Salvamento da Aeronáutica) em intrumento terrorista;
- ataques do MDB no Congresso (Dep. Moreira Alves);
- 13.12.1968, edição do Ato Institucional nº 5:
• fechamento do Congresso;
• cassação de políticos;
• confisco de bens.
- Lei de Segurança Nacional;
- criação do FUNRURAL, FUNAI;
- PED (Plano Estratégico de Desenvolvimento);
- morre em agosto de 1969, assume o poder uma Junta Militar;
- edição do AI – 16: eleição para cargo de Presidente em 25.10.1969.

GOVERNO DE MÉDICI (1969 a 1974)
- Linha Dura
- oposição ferrenha da imprensa, igreja, estudantes, intelectuais e OAB;
- a partir de 1970, início da luta armada (grupos de extrema-esquerda utilizam a guerrilha urbana):
• ALN (Aliança Libertadora Nacional);
• MR – 8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro);
• VAR-PALMARES (Vanguarda Armada Revolucionária);
• PC do B (Partido Comunista do Brasil).
- a repressão governamental vai se traduzir, com os seguintes órgãos:
• DOI (Departamento de Operações Intenas);
• CODI (Centro de Operações de Defesa Interna);
• OBAN (Operação Bandeirantes).
- concretização da doutrina de Segurança Nacional e Desenvolvimento;
- I PND (Plano Nacional de Desenvolvimento): “milagre econômico”;
- criação do MOBRAL, INCRA, TELEBRÁS, TRANSAMAZÔNICA, Ponte Rio-Niterói;
- Emenda Constitucional nº 1, em 1969.

GOVERNO GEISEL (1974 a 1979)
- Linha da Sorbonne
- venceu o candidato do MDB: Ulisses Guimarães;
- crise internacional: aumento do petróleo (aumento da dívida externa);
- especulações financeiras;
- obras faraônicas: Hidrelétrica de Itaipu e Angra dos Reis;
- II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento);
- distenção política;
- vitória do MDB, nas eleições de 74 e 76 assustam o Regime Militar;
- em outubro de 1975, vários “suicídios”, nas celas do DOI-CODI;
- em 1977, “Pacote de Abril” – criação dos senadores biônicos;
- em 1978, greves no ABC Paulista;
- no final de seu governo, revogação do AI – 5.

GOVERNO FIGUEIREDO (1979 a 1985)
- Linha da Sorbonne
- assumiu prometendo a abertura política;
- em 1979, edição da Lei de Anistia e da Lei Orgânica dos Partidos Políticos;
- volta o pluripartidarismo: PMDB, PDS, PT, etc.;
- em 1980, o aparato repressivo do regime não aceitando a abertura política, iniciam uma série de atentados políticos, através do CCC (Comando de Caça aos Comunistas) – Caso do Riocentro, atentado a OAB – RJ, Câmara dos Vereadores do RJ;
- campanha das “Diretas Já”;
- 25.04.1984, no Congresso não passa a Emenda Dante de Oliveira, ainda eleições indiretas para Presidente da República;
- os partidos se organizam para as eleições:
• PMDB: Tancredo Neves;
• PDS: Mário Andreazza e Paulo Maluf (disputa interna entre os dois presidenciáveis). Maluf vence nas prévias, ocasionando a dissidência da ala de José Sarney, fundando o PFL, que se coligará com o PMDB;
• PT: se recusa a participar de eleição indireta.
- eleitos, via colegial eleitoral: Tancredo Neves e José Sarney (PMDB + PFL = Aliança Democrática).

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

REVOLUÇÃO CUBANA

1959: Nasce a Revolução

 01/01/1959 - Fulgencio Batista renunciou ao cargo de presidente de Cuba e fugiu do país quando guerrilheiros revolucionários, liderados por Fidel Castro, entraram na cidade de Santiago de Cuba.

Enquanto uma coluna do Exército 26 de Julho de Fidel Castro entrou no porto da cidade, um outro grupo de rebeldes tomou a capital, Havana, levando o general Batista a fugir às 3 horas da manhã para Ciudad Trujillo, na República Dominicana.

Depois de perder o apoio do governo dos EUA, o governo de Batista ficou em situação frágil quando a ofensiva contra os rebeldes em meados de julho fracassou.

O general Batista havia liderado dois golpes. No segundo, em 1952, ele tomou o lugar do presidente eleito Carlos Prío.

16/02/1959 - O líder revolucionário Fidel Castro tornou-se o mais jovem premiê da história de Cuba, assumindo o cargo aos 32 anos. O Exército 26 de Julho assumiu o controle do país no dia 1º de janeiro, após a fuga do presidente Fulgencio Batista.

Fidel sucedeu a José Miró Córdoba, que assumira o cargo no dia 5 de janeiro, mas renunciou dias depois sem explicação, juntamente com todo o gabinete.

"Nós temos grandes planos", disse Fidel Castro. "Sofremos quando não conseguimos colocá-los (os planos) em prática rapidamente, mas preparativos técnicos levam tempo."

15/04/1959 - Fidel Castro visita os EUA, numa viagem marcada por tensões com o governo americano, preocupado com sua retórica anti-americana. Apesar de a Casa Branca ter reconhecido formalmente o novo regime cubano seis dias após Fidel ter tomado o poder, o presidente Dwight D. Eisenhower não encontrou Fidel durante sua visita, devido principalmente a tensões causadas pela decisão cubana de nacionalizar fábricas e propriedades agrárias controladas por americanos.

Os EUA romperam relações diplomáticas com Cuba em janeiro de 1961.

1960: Divergências entre os EUA e Cuba

05/07/1960 - O governo anunciou que todas as empresas americanas em Cuba seriam nacionalizadas sem indenização.

A ordem foi um dos primeiros passos na guerra econômica já em andamento entre os dois países, e ocorreu depois que os EUA reduziram a cota de importação de açúcar em 700 mil toneladas.

O clima era de tensão desde que Fidel Castro sancionou a primeira Lei de Reforma Agrária, que permitiu a expropriação de latifúndios por um preço considerado inadequado pelas prorietárias, as empresas americanas.

1961: Invasão da Baía dos Porcos

17/04/1961 - Um exército de contra-revolucionários invadiu a ilha com o objetivo de destruir o líder do país, Fidel Castro.

A força, com cerca de 1,4 mil exilados cubanos, desembarcou na Baía dos Porcos, com apoio de forças aéreas e navais dos EUA. Miró Cardona, líder do movimento, disse que havia começado a batalha "para liberar nossa pátria do regime despótico de Fidel Castro".

Fidel liderou, ele próprio, a operação para repelir a invasão, dizendo em um discurso na rádio cubana que "os gloriosos soldados do Exército revolucionário e da milícia nacional estão lutando contra o inimigo em todos os pontos onde ele desembarcar".

19/04/1961 - A invasão da Baía dos Porcos terminou depois que os exilados cubanos que tentaram derrubar o governo de Fidel Castro foram capturados.

Os contra-revolucionários apoiados pelos EUA tinham a intenção de penetrar na ilha e unir os cubanos em torno de sua causa.

Mas o apoio não veio, e a Brigada 2506 ficou atolada em um pântano na Baía dos Porcos.


Um total de 104 membros da Brigada 2506 foram mortos e 1.189 foram capturados.

01/05/1961 - O primeiro-ministro de Cuba, Fidel Castro, proibiu eleições no país depois de declarar a ilha uma "nação socialista".

Discursando em um desfile de 1º de Maio em Havana, Fidel disse que "a revolução não tem tempo para eleições".

"Não há governo mais democrático na América Latina do que o governo revolucionário", acrescentou ele.

De acordo com o correspondente da BBC Erik de Mauny, a revolução de Fidel Castro parecia então ser popular entre os agricultores, mas não entre as classes mais abonadas que tiveram suas terras e propriedades confiscadas.

04/09/1961 - Os EUA aprovaram uma lei autorizando o presidente Kennedy a impor um "embargo comercial total" contra Cuba. A Lei de Ajuda Externa proibiu qualquer auxílio à ilha.

Um embargo parcial já havia sido imposto pelo presidente Eisenhower em 1960, mas excluía alimentos e remédios.

1962: A Crise dos Mísseis

22/10/1962 - Após a descoberta de mísseis soviéticos em Cuba, o presidente Kennedy fez um pronunciamento na TV declarando um bloqueio naval contra Cuba e ameaçando: "É política desta nação considerar qualquer lançamento de míssil nuclear contra qualquer nação do Hemisfério Ocidental um ataque contra os Estados Unidos, exigindo uma resposta retaliatória completa à União Soviética."

Analistas disseram que o mundo estava à beira da guerra nuclear.

28/10/1962 - O líder russo Nikita Khrushchev concordou em desmobilizar todos os mísseis russos colocados em Cuba, pondo fim à ameaça iminente de guerra nuclear.

O anúncio foi feito em uma mensagem pública ao presidente americano John F. Kennedy na Rádio Moscou.

Em resposta, Kennedy disse que a decisão era "uma importante contribuição à paz" e prometeu que os EUA não invadiriam Cuba.

O clima era de tensão desde que um avião de reconhecimento U2 havia revelado a existência de vários mísseis na ilha no dia 14 de outubro.

24/12/1962 - O último dos mais de mil prisioneiros da invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, foi enviado para os EUA antes do Natal. O governo concordou em receber uma recompensa de US$ 53 milhões em alimentos e suprimentos médicos, doada por empresas de várias partes dos EUA, como condição para a libertação dos exilados cubanos.

O transporte por via aérea dos prisioneiros começou no dia 23, quando os primeiros 107 homens embarcaram em um DC-6 da Pan American World Airways em uma base militar perto de Havana.

Uma multidão de 10 mil exilados cubanos nos EUA receberam os 1.113 homens libertados por Cuba no Dinner Key Auditorium, no subúrbio de Miami.

1963-1971: Morre 'Che' Guevara

09/10/1967 - Surgiram notícias de que o líder revolucionário marxista Ernesto "Che" Guevara fora morto durante uma batalha entre soldados do Exército e guerrilheiros na selva boliviana.

Uma declaração emitida pelo comandante da 8ª Divisão do Exército Boliviano, coronel Joaquín Zenteno Anaya, anunciava que o líder guerrilheiro de 39 anos havia sido morto a tiros perto do vilarejo de Higueras, no sudeste do país.

Guevara era um ex-braço direito do premiê cubano Fidel Castro, mas desaparecera em 1965 e seu paradeiro vinha sendo muito debatido desde então.

Um exame necrológico no corpo de Che Guevara, realizado dois dias após sua morte, sugeriu que ele não foi morto num tiroteio, mas capturado e executado um dia depois.

1071-1980: Vozes dissidentes

04/11/1975 - Começou um envio maciço de tropas cubanas para Angola, uma semana antes da data marcada pelos nacionalistas para declarar a independência do país.

As tropas apóiam o Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), que vinha lutando pela independência de Portugal desde 1961.

As forças cubanas se confrontariam, em Angola, com as tropas da África do Sul, que apóiavam as forças da Unita.

Angola era o mais novo front das várias guerras “indiretas” entre a União Soviética, que entrou com as forças cubanas, e o Ocidente, que apoiava a Unita.

27/03/1976 - Forças sul-africanas retiram-se de Angola, no que foi visto como uma vitória da presença militar cubana no país.

As tropas cubanas tinham sido enviadas a Angola antes da independência do país, em novembro do ano anterior, e vinham lutando contra tropas sul-africanas que apoiavam as forças rebeldes da Unita.

As forças cubanas apoiavam o comunista Movimento Pela Libertação de Angola (MPLA), e receberam apoio da União Soviética.

02/12/1976 - Castro se tornou presidente de Cuba depois de mudanças na Constituição do país.

Ele vinha ocupando o cargo de primeiro-ministro desde 1959, após a vitória da revolução cubana e da fuga de Fulgencio Batista.

As mudanças constitucionais tinham o objetivo de institucionalizar a revolução e fazer de Fidel Castro presidente do Conselho de Estado e Conselho de Ministros.

A Constituição foi aprovada por um referendo nacional no dia 15 de fevereiro deste ano.

1981-1990: Resistência no exílio

31/10/1980 - O êxodo em massa de cubanos para os EUA, conhecido como “Fuga de Mariel”, teve fim depois de um acordo entre os dois países.

Os cubanos começaram a seguir para os EUA no dia 15 de abril, quando, depois de uma desaceleração da economia do país, o governo anunciou que quem quisesse poderia partir.

Um total de 125 mil migrantes havia deixado o porto de Mariel, em Cuba, para fazer a travessia para a Flórida.

Mas o êxodo se mostrou um problema para o presidente americano Jimmy Carter, depois que foi descoberto que vários dos exilados eram ex-prisioneiros ou pessoas com problemas mentais.

25/10/1983 - Forças invasoras americanas entraram em choque com soldados cubanos na ilha caribenha de Granada.

Uma coalizão dos EUA e forças regionais entrou em Granada depois de uma luta de poder na ilha que se seguiu ao assassinato do primeiro-ministro Maurice Bishop seis dias antes.

Bishop desenvolvera laços estreitos com Cuba desde que chegara ao poder na revolução de Granada, em 1979.

A invasão foi considerada pelas Nações Unidas como “uma violação flagrante das leis internacionais” por 122 votos a nove.

17/09/1989 - Os últimos soldados cubanos que haviam entrado na Etiópia em 1977, como parte da Guerra de Ogaden, deixam o país.

Cerca de 15 mil soldados cubanos tomaram parte inicialmente no conflito na conturbada região do leste da África durante uma de várias guerras indiretas entre as potências.

Cuba apoiou os etíopes contra a Somália em uma batalha pelo deserto de Ogaden.

Cerca de 400 cubanos morreram durante o conflito inicial, que durou até 1978 – embora vários dos soldados tenham permanecido no país até a década de 80.

1991-1995: Fim de uma longa relação

06/11/1993 - O governo cubano anunciou que as estatais cubanas seriam abertas ao investimento privado.

A iniciativa tinha o objetivo de estimular a economia de Cuba, gravemente afetada pela dissolução de seu principal parceiro comercial, a União Soviética, em 1991.

Com o fim da União Soviética, Cuba permanece como um dos poucos países comunistas do mundo, ao lado de Coréia do Norte e Vietnã.

Os EUA mantém um embargo comercial com Cuba desde que Fidel Castro ordenou a nacionalização de todas as sua indústrias na ilha em 1961.

12/03/1996 - O Congresso dos EUA aprovou lei reforçando o embargo comercial do país a Cuba.

A Lei Helms-Burton ampliou a medida, tornando passíveis de processo empresas estrangeiras que tenham relações comerciais com Cuba.

A lei tinha o objetivo de trazer “uma transição pacífica para uma democracia representativa e uma economia de mercado em Cuba”.

A proposta não foi aprovada originalmente quando foi apresentada no Congresso em 1995, mas foi reapresentada depois que caças cubanos derrubaram dois aviões privados operados por um grupo anti-castrista no mês anterior.

1996-2000: Entre a realidade e a esperança

21/01/1998 - O papa João Paulo 2º pediu reformas e a libertação de presos políticos em Cuba, ao mesmo tempo em que condenou tentativas dos EUA de isolar o país.

Em pronunciamento na capital, Havana, o papa disse que a liberdade de consciência é “a base e o fundamento de todos os direitos humanos”.

Um Estado moderno não pode tornar o ateísmo ou a religião um de seus ordenamentos políticos”, acrescentou.

João Paulo 2º foi o primeiro pontífice a visitar a ilha caribenha comunista. O presidente Fidel Castro, que estudou em um colégio jesuíta, declarou Cuba um Estado ateu depois que assumiu o poder em 1959.

27/11/1999 - Um menino cubano e dois adultos que sobreviveram ao naufrágio de um barco que seguia para os EUA foram resgatados perto do litoral da Flórida.

A Guarda Costeira encontrou também os corpos de outros sete passageiros que se afogaram, inclusive o da mãe do garoto.

O menino, Elián González, foi resgatado por um pescador a cerca de 3 quilômetros da costa de Fort Lauderdale.

07/12/1999 - Os cubanos realizaram protestos diante da embaixada dos EUA em Havana, exigindo a volta de Elián González, de seis anos. Ele havia sobrevivido ao naufrágio em que sua mãe morreu, na costa da Flórida. Cubanos munidos de faixas gritavam palavras de ordem anti-americanas; e o presidente cubano, Fidel Castro, acusou os EUA de “seqüestrarem” o menino. Os colegas de classe de Elián também estavam na manifestação realizada na capital cubana.

22/04/2000 - Agentes federais dos EUA tomaram o menino de parentes depois de uma batida na casa deles em Miami nas primeiras horas da manhã.

Cerca de 25 agentes derrubaram a porta da casa e saíram do imóvel com Elián enrolado em um cobertor.

O menino foi colocado em um veículo e levado do local em meio a cenas caóticas.

Elián foi colocado em um avião e levado para a base da Força Aérea de Andrews, no subúrbio de Washington, onde viu seu pai pela primeira vez em cinco meses.

14/12/2000 - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, visitou Cuba, onde assinou um acordo para estimular o comércio bilateral.

Durante esta primeira visita de um líder russo desde a desintegração da União Soviética, Putin disse que vinha examinando formas de perdoar a dívida cubana de US$ 11 bilhões.

O comércio da Rússia com Cuba diminuiu acentuadamente desde 1991, chegando agora a US$ 1 bilhão por ano, em comparação aos US$ 3,6 bilhões no último ano de existência da União Soviética.

Mas Putin disse que há questões que ainda precisam ser resolvidas com Cuba, como o pagamento da dívida cubana para com Moscou.

2001-2009: Sem Fidel

06/05/2002 - Cuba foi incluída na lista de países do “Eixo do Mal” dos EUA e acusada de procurar desenvolver armas biológicas.

O subsecretário de Estado americano, John Bolton, colocou a ilha ao lado de Líbia e Síria em uma nova lista de países considerados “Estados que patrocinam terrorismo”.

Os três estão “buscando armas de destruição em massa”, disse Bolton.

O “Eixo do Mal” original, identificado pelo presidente americano, George W.Bush depois dos ataques de 11 de setembro, era formado por Coréia do Norte, Iraque e Irã.

12/05/2002 - O ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter, chegou a Cuba para uma visita de seis dias que tem o objetivo de ajudar a aproximar os dois vizinhos, que brigam há mais de 40 anos.

O governo cubano não está realmente interessado em ter relações normais com o governo dos EUA.

Carter foi recebido no aeroporto por Fidel Castro e conversou com políticos e dissidentes antes de um pronunciamento na TV.

O ex-presidente foi o político americano que ocupou cargo mais elevado a visitar Cuba desde que Fidel Castro subiu ao poder há 43 anos.

Depois que deixou o cargo em 1981, Carter criou uma organização pela causa da paz e o entendimento entre os povos.

01/08/2006 - O veterano líder cubano, Fidel Castro, passou o poder temporariamente a seu irmão, Raúl, por causa de uma doença.

Uma nota escrita pelo presidente e lida na TV por seu secretário pessoal, dizia que Fidel Castro tinha se submetido a uma cirurgia para estancar uma hemorragia interna.

O líder cubano, que completara 80 anos, disse que uma agenda muito cheia nas últiams semanas afetara sua saúde.

Esta foi a primeira vez que Fidel Castro abriu mão de algum de seus poderes desde que assumiu o governo, em 1959.

04/08/2006 - O presidente dos EUA, George W. Bush pediu aos cubanos que trabalhassem por uma transição democrática em suas primeiras declarações desde que Fidel Castro passou por uma cirurgia no estômago.

Bush prometeu apoio de Washington aos cubanos que procurarem “construir um governo de transição em Cuba comprometido com a democracia”.

Desde que Fidel Castro passara o poder a seu irmão, Raúl, três dias antes, nenhuma imagem de nenhum dos dois foi divulgada.

Os meios de comunicação cubanos destacaram que as Forças Armadas estavam preparadas para qualquer ataque ao sistema comunista.

11/08/2007 - Um conhecido dissidente cubano foi libertado depois de quase 15 anos na prisão por revelar segredos da segurança do Estado.

Francisco Chaviano, um ex-professor, foi condenado em 1995 e recebeu liberdade condicional.

A Comissão Cubana para os Direitos Humanos e a Reconciliação Nacional, que é independente, disse que ele era o prisioneiro político preso há mais tempo no país.

Chaviano foi um dos principais dissidentes e ativistas pelos direitos humanos de Cuba em meados da década de 90. Em 2006, a Anistia Internacional havia dito que o julgamento militar a que ele havia sido submetido não atendia aos padrões internacionais.

19/02/2008 - O debilitado líder cubano, Fidel Castro, anunciou que não aceitaria outro mandato como presidente, encerrando seus 49 anos no poder.

O líder, de 81 anos de idade, passou o governo temporariamente a seu irmão, Raúl, em julho de 2006, quando foi operado, e não foi visto em público desde então.

O novo Parlamento de Cuba se reuniria em seguida para eleger um novo presidente.

Washington pediu a Cuba que realize eleições livres, e disse que seu embargo que já dura décadas deve continuar em vigor.

25/02/2008 - Raúl Castro foi indicado por unanimidade sucessor de seu irmão, Fidel, como líder de Cuba, pela Assembléia Nacional.

Raúl, na verdade, vinha sendo presidente desde que Fidel foi operado em julho de 2006. Acredita-se que Raúl foi o único nome em uma votação vista como uma formalidade.

Em discurso à nação depois da votação a portas fechadas, Raúl Castro disse que o governo cubano iria continuar a consultar Fidel, de 81 anos, sobre as grandes decisões de Estado – uma iniciativa apoiada pelos integrantes da Assembléia Nacional.

”O comandante-em-chefe da Revolução Cubana é único, Fidel é Fidel, como todos bem sabemos, ele é insubstituível”, disse Raúl Castro.

25/12/2008 - O presidente de Cuba, Raúl Castro, teve um encontro com o líder venezuelano Hugo Chávez em sua primeira viagem ao exterior depois que assumiu o poder, substituindo Fidel Castro.

Os dois líderes assinaram uma série de acordos nas áreas comercial e de energia.

O encontro ocorreu poucas semanas antes do 50º aniversário da Revolução Cubana, e Chávez dusse que a viagem teve a “mesma importância” que a primeira viagem internacional de Fidel, também à Venezuela, em 1959.

Na visita de Raúl, também foram anunciados mais de 300 projetos conjuntos nas áreas de saúde, educação, cultura e esporte.

(http://www.bbc.co.uk/portuguese)