sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

REVISÃOZÃO UFRGS: BRASIL COLONIAL.

TRATADOS DE LIMITES E CONQUISTAS

Durante o período da União Ibérica (1580-1640), com o desaparecimento do Tratado de Tordesilhas (1494), terras que pertenciam aos espanhóis foram ocupadas por portugueses e vice-versa. Assim, se fez necessário diversos tratados para regularizar a situação, a partir do Tratado de Madri, vigorou o princípio do “uti possedetis” (quem usa possui).

Tratado de Lisboa, 1681 (Portugal e Espanha): A Espanha devolveu para Portugal a Colônia do Sacramento.

Tratado de Utrecht, 1713 (Portugal e França): Estabeleceu o rio Oiapoque como limite entre o Brasil e a Guiana Francesa.

Tratado de Utrecht, 1715 (Portugal e Espanha): A Colônia do Sacramento (entreposto comercial português, construído em 1680, em terras espanholas) é reconhecida como território português. Os espanhóis querendo proteger o restante das terras espanholas na América fundaram Montevidéu, em 1724 e, os portugueses, para consolidarem sua presença na região sul, construíram o forte que deu início a cidade do Rio Grande, em 1737. É a partir da construção do forte Jesus, Maria e José que se dá a colonização do Rio Grande do Sul, com a vinda de casais açorianos.

Tratado de Madri, 1750 (Portugal e Espanha): A Colônia do Sacramento passa a ser domínio de Espanha e Portugal fica na posse dos Sete Povos das Missões (missões jesuítas fundadas por espanhóis, no atual estado do RS, em terras espanholas pelo Tratado de Tordesilhas). O Tratado de Madri será anulado pelo Acordo de El Pardo, em 1761, devido as Guerras Guaraníticas (os índios missioneiros insuflados pelos jesuítas espanhóis não aceitaram a presença dos portugueses e não aceitaram a mudança para a banda oriental do Rio Uruguai).

Tratado de Santo Ildefonso, 1777 (Portugal e Espanha): A Colônia do Sacramento e os Sete Povos das Missões passam ao domínio espanhol, os portugueses se sentindo prejudicados não vão sair da região missioneira, além de estabelecer os chamados “campos neutrais” (cinturão deserto em torno do Rio da Prata).

Tratado de Badajós, 1801 (Portugal e Espanha): A Espanha abre mão do território dos Sete Povos das Missões (confirmação do Tratado de Madri).

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

REVISÃOZÃO UFRGS: II GUERRA MUNDIAL.

A CONFERÊNCIA DE CASABLANCA

Como base da atividade marítima e aérea, das atividades terrestres dos aliados no Norte da África, havia a questão primordial e urgente de levar a guerra ao inimigo no próprio solo da Europa ocidental. Esta era a questão dominante nos planos e esforços dos aliados, e todas as grandes decisões eram dedicadas a esse supremo objetivo.

Fazer um levantamento das possibilidades e tornar precisos os planos para um futuro imediato - tal foi o objetivo da conferência de dez dias iniciada em Casablanca a 14 de janeiro. Reuniram-se mais uma vez Roosevelt e Churchill, juntamente cem seus principais conselheiros políticos e militares, a fim de tomar medidas para a próxima grande operação estratégica contra o inimigo, da mesma forma que as discussões anteriores haviam assentado as bases para a expedição à África do Norte. Havia um simbolismo, bem como um tom dramático, em escolher uma cidade africana para sede da conferência. Mas havia também razões práticas, pois quaisquer planos para o futuro estavam diretamente ligados ao curso da campanha africana, e era de grande conveniência conferenciar com os generais no próprio teatro da guerra a fim de obter um quadro completo das possibilidades.

Mesmo assim não foi possível conseguir uma completa integração dos planos e recursos aliados. A Rússia ainda permanecia afastada das atividades da Inglaterra e dos Estados Unidos. Stalin fôra convidado a comparecer, mas apresentara as tarefas da condução da guerra na frente oriental como um obstáculo à sua ausência da Rússia naquele momento, embora esse argumento não justificasse o fato de nenhum delegado russo achar-se presente às discussões. Uma completa informação das resoluções foi enviada para Moscou, mas não houve comunicações recíprocas que permitissem às potências ocidentais calcular as possibilidades russas em relação a seus próprios planos. O segredo e mesmo a suspeita soviética permanecia como uma barreira para a completa coordenação com os esforços aliados. A China, embora informada das decisões, não fôra convidada a comparecer; e apesar de Roosevelt ter anunciado haverem sido decididas grandes e decisivas ações no Extremo Oriente, era claro que a preocupação maior e mais imediata era o teatro europeu da guerra, e que o esforço final contra o Japão, como acentuava Churchill em seu último discurso, deveria seguir-se à derrota do Eixo no oeste.

Tais fatores impunham limitações bem definidas no trabalho da conferência. Apesar de tudo, ficou evidenciado que fôra global a situação estudada, e que, tanto quanto possível, as decisões haviam sido baseadas numa estratégia mundial. O comunicado afirmava que "todo o campo da guerra fôra estudado, teatro por teatro, em todo o mundo, e que todos os recursos foram mobilizados para um prosseguimento mais intenso da guerra por terra, mar e ar". O primeiro objetivo imediato era "retirar o maior peso possível de sobre os exércitos russos, engajando o inimigo tão fortemente quanto possível nos melhores pontos escolhidos". A 11 de fevereiro Churchill declarou: "Temos agora um plano de ação completo que compreende a distribuição das forças bem como o comando das mesmas, e realizaremos este plano segundo nossa política durante os nove próximos meses, antes de cujo fim procuraremos novamente reunir-nos". No dia seguinte Roosevelt descreveu as conseqüências que se seguiriam à vitória na Tunísia: "Essas conseqüências são a verdadeira invasão da Europa. Não disfarçamos nossa intenção de efetuar tal invasão. A pressão sobre a Alemanha e a Itália será constante e inflexível. Os extraordinários exércitos russos no leste têm desfechado tremendos golpes. Devemos fazer o mesmo no oeste. O inimigo deve ser golpeado, e golpeado duramente, de tantas direções que não saiba mais qual é sua frente ou qual o seu flanco".

Além disso havia um acordo final sobre o objetivo a ser perseguido por esses esforços militares. Na conferência à imprensa, que se seguiu ao encontro, o Presidente Roosevelt asseverou a resolução dos aliados de conseguir a rendição incondicional das nações do Eixo. Era uma rejeição a priori de quaisquer negociações para uma paz de transigências, e uma garantia implícita tanto para a Rússia como para a China de que seus aliados ocidentais não se separariam delas senão quando o inimigo comum estivesse completamente destruído.

A conferência teve três conseqüências imediatas. A primeira foi o vôo de Churchill à Turquia para uma conferência de dois dias em Adana com os líderes políticos e militares turcos. A visita constituía uma importante amostra da mudança da situação no Mediterrâneo. Desde a invasão da Grécia, a Turquia mantivera com relação aos aliados uma atitude de frio alheamento. Durante dois anos sua situação fôra muito precária. A conquista dos Bálcãs pelo Eixo e a ameaça de Rommel ao Egito apresentavam nova possibilidade de que a Turquia viesse a ser outra avenida para o Eixo em seu avanço para o canal de Suez e o golfo Pérsico. Agora o perigo diminuía. A amizade da Inglaterra, que antes parecera para a Turquia um fato perturbador, tornava-se agora numa possível garantia. A possibilidade de que a Turquia opusesse uma frente firme a qualquer tentativa alemã de infiltração deveria ser encorajada pelos aliados. O desejo inglês era fortalecer os meios de resistência da Turquia, e esta mostrava maior inclinação em aceitar o auxílio aliado. O reatamento dessa ligação faria desse país mais um baluarte contra o Eixo no Oriente Médio, e surgia novamente a possibilidade de que a Turquia viesse a tornar-se um aliado ativo quando chegasse a ocasião de atacar os satélites de Eixo nas praias do mar Negro.

A segunda conseqüência foi a visita de Eden a Washington, nos últimos dias de março. Embora a conferência de Casablanca resultasse num acordo geral a respeito dos amplos planos estratégicos, havia assuntos de política sobre os quais era muito conveniente um entendimento mais completo entre os aliados. Havia necessidade de maior esclarecimento das atitudes respectivas da Inglaterra e dos Estados Unidos em relação à situação política da África do Norte. Havia o sentimento de que os Estados Unidos consideravam menos que a Inglaterra a necessidade vital de uma colaboração com a Rússia. A China receberia muito bem novas garantias de auxílio por parte dos aliados. Tornava-se vidente, além disso, a conveniência de certos trabalhos preliminares para preparar os problemas que surgiriam à medida que a Europa fosse sendo libertada pelos aliados, e mesmo para preparar o terreno para a paz e a organização do mundo de após-guerra.

Dessa forma a missão de Eden, apesar de em muitos aspectos ter apenas como finalidade estudar a situação, era mais ampla do que uma troca de pontos de vista entre os Estados Unidos e a Inglaterra. Trataram-se muitos problemas que interessavam as Nações Unidas em geral. Abrangeu conversações com outros governos, inclusive com representantes da Rússia, China e vários estados latino-americanos. Numa entrevista cheia de otimismo, depois da partida de Eden, o Presidente Roosevelt afirmou que as conversações haviam revelado que as Nações Unidas estavam em 95% de acordo sobre os amplos princípios que deveriam nortear o mundo de após-guerra. E embora houvesse certa coincidência na convocação de uma conferência sobre alimentação em maio, e nos preparativos para uma conferência a respeito do controle monetário internacional, tais medidas marcavam o começo de esforços concretos para o estabelecimento de uma base de ação comum sobre as questões com que provavelmente os aliados teriam de defrontar-se num futuro próximo.

A terceira conseqüência foi um alívio gradual na situação política da África do Norte. Durante a conferência de Casablanca, o general de Gaulle foi persuadido a encontrar-se com o general Giraud, e a estudarem a possibilidade de uma ação comum.Os resultados iniciais estiveram longe de ser bem sucedidos. Houve acordo quanto ao desejo de derrotar a Alemanha e de libertar a França, mas quanto ao mais pouco adiantou; e quando foram tomadas medidas para o estabelecimento de uma ligação sobre problemas militares, revelou-se mais claramente a profundidade das divisões políticas. Giraud responsabilizava pela derrota da França a corrupção da república, e relutava em tomar medidas contra os mandatários de Vichy na África do Norte, que concordavam com sua autoridade. Os Franceses Combatentes desejavam voltar às leis da república e exigiam a demissão dos homens cujo passado fôra enegrecido pela colaboração com o Eixo. Giraud mostrava-se contrário à tomada de tais medidas, e de Gaulle recuava-se obstinadamente a colaborar com um regime de cuja natureza duvidava profundamente.

Durante os dois meses seguintes foram conseguidos alguns progressos nos esforços para desfazer os desentendimentos. Foram feitos esforços no sentido de acelerar a libertação de prisioneiros políticos, embora o progresso nesse sentido fosse deploravelmente vagaroso. O Conselho Imperial foi transformado em comitê consultivo de guerra, tendo Giraud assumido o título de comandante em chefe civil e militar. Numerosos ex-funcionários do governo de Vichy foram substituídos por partidários do general de Gaulle. As leis contra os judeus foram um tanto relaxadas, embora muita discriminação continuasse a ser praticada; e a criação de um conselho econômico da Algéria cujos membros foram escolhidos por vários grupos locais foi recebida como um passo no sentido da restauração de certo elemento representativo no governo.

Em março ocorreu um acontecimento ainda mais notável. Uma série de decretos restabelecia os conselhos municipais e punha novamente em vigor as leis da república. Estas não foram restauradas integralmente, mas Giraud repudiou especificamente todos os decretos baixados desde o armistício e prognosticou o fim da discriminação racial e política. Num discurso pronunciado a 14 de março anunciou não alimentar quaisquer ambições pessoais e afirmou que o futuro governo da França seria livremente decidido pela própria França, uma vez terminada a libertação. Seus atos ainda assim não satisfaziam inteiramente a vontade dos Franceses Combatentes, que desejavam uma limpeza mais completa de todas as relíquias do regime de Vichy. Mas o convite de Giraud para outra conferência foi encarado favoravelmente por de Gaulle, e entrementes o seu representante, general Catroux, conferenciou com Giraud e completou as bases para a cooperação. De Gaulle encontrava-se em vésperas de sua partida para a África do Norte, nos primeiros dias de abril quando o Quartel-General aliado solicitou um adiamento, dando de modo não muito claro como motivo a situação militar. Era evidente que nem todas as dificuldades haviam, absolutamente, sido vencidas, mas existiam promissores indícios de que os aspectos mais desagradáveis da herança de Darlan tinham sido eliminados e que fôra conseguida certa unidade entre as frações francesas.

Do ponto de vista militar, a conferência de Casablanca deu origem a novas medidas. Durante a última semana de janeiro realizou-se uma conferência especial entre as autoridades militares a fim de estudar a próxima fase da campanha. Era evidente, entre outras coisas, que a entrada do 8o Exército na Tunísia criaria uma nova situação, acarretando uma reorganização do tomando. A medida resultante foi anunciada a 11 de fevereiro. O comando do Oriente Médio foi separado do comando do Mediterrâneo, e o general Eisenhower foi investido de toda a autoridade nessa última região. Diretamente sob suas ordens estavam os experientes comandantes ingleses das forças de terra, mar e ar. O general Alexander foi nomeado representante junto ao supremo comandante e lhe foi dada autoridade para controlar todas as operações terrestres. O marechal do ar Tedder encarregou-se das operações aéreas, e o almirante Cunningham assumiu o comando de todas as forças navais aliadas e era um grupo de homens que já havia mostrado suas qualidades no Egito e na Líbia e que mais uma vez deveria operar brilhantemente quando o avanço sobre a Tunísia, adiado durante tanto tempo, foi finalmente iniciado.

PARA SABER +: http://www.2guerra.com.br/novosite/

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

VIAJANDO NO TEMPO (ESPECIAL UFRGS)

2003
1 de Janeiro - Luís Inácio Lula da Silva assume a presidência da República Federativa do Brasil.
1 de Maio - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em um discurso, anuncia o fim da maior operação militar de 2003: a Invasão do Iraque.

1993
1 de janeiro - A Checoslováquia divide-se, dando origem à República Checa e à Eslováquia.
26 de fevereiro - Ataque a bomba ao World Trade Center.
21 de abril - Realização no Brasil do Plebiscito de 1993 sobre a forma e sistema de governo em que funcionaria o Estado brasileiro. O plebiscito indicou que o Brasil continuaria a ser uma República Presidencialista.
13 de setembro - Aperto de mão histórico entre o primeiro-ministro israelita, Yitzhak Rabin, e o líder da OLP, Yasser Arafat, em Washington, depois da assinatura de um acordo sobre autonomia palestina nos territórios ocupados.
1 de novembro - Entrada em vigor do Tratado de Maastricht que abre o caminho à União Europeia, depois da aprovação do documento pelo Tribunal Constitucional alemão.
7 de dezembro - O ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, anuncia o programa de estabilização econômica. O chamado Plano FHC cria a URV (Unidade Real de Valor), indexador que será base para a nova moeda, o Real.

1983
15 de Março - Tomam posse os primeiros governadores eleitos diretamente após o golpe militar de 1964 no Brasil.
25 de Outubro - Invasão de Granada pelas forças norte-americanas. Ronald Reagan defende a intervenção com a necessidade da defesa dos interesses norte-americanos.
10 de dezembro - Raúl Alfonsín, da União Cívica Radical, assume a presidência da Argentina, substituindo o último presidente da ditadura, Reynaldo Bignone.

1973
27 de janeiro - Assinatura do Acordo de Paris para o Fim da Guerra e Restauração da Paz no Vietnam.
26 de Abril - Brasil e Paraguai assinam o Tratado de Itaipu, sobre o aproveitamento hidroelétrico do rio Paraná.
11 de Setembro - Golpe militar liderado pelo General Augusto Pinochet depõe e assassina o presidente Salvador Allende no Chile.
12 de outubro - Final da Guerra do Yom Kippur.

1963
5 de janeiro - João Goulart passa a governar em sistema presidencialista, dados os resultados do plebiscito que resultaram na derrota do parlamentarismo que caracterizou a primeira fase do governo Jango.
8 de fevereiro - A administração norte-americana de John F. Kennedy anuncia o embargo comercial à Cuba.
28 de agosto - Líder negro norte-americano, Martin Luther King encabeça manifestação com mais de 200 mil pessoas em Washington á favor dos direitos civis dos negros nos EUA.
22 de novembro - Assassinato de John F. Kennedy durante uma visita a Dallas, no Texas.

1953
13 de Janeiro - o marechal Josip Broz Tito é escolhido presidente da Iugoslávia.
5 de março - Falecimento de Josef Stalin, líder Soviético
27 de Julho – Fim da Guerra da Coréia.
7 de Setembro - na Rússia, Nikita Khrushchev é nomeado chefe do Comitê Central do PCUS.
3 de Outubro - Criação da Petrobras - Petróleo Brasileiro S/A.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

VIAJANDO NO TEMPO (ESPECIAL ENEM)


2002
29 de Janeiro - Durante o Fórum de Davos para discussão do futuro da globalização, o presidente americano George W. Bush afirma que Irã, Iraque e Coreia do Norte formam o “Eixo do mal”.
1 de Março - Guerra do Afeganistão: A Operação Anaconda começa.
17 de Junho - O jornalista Tim Lopes é assassinado em um morro do Rio de Janeiro, enquanto faz
ia uma reportagem sobre os bailes funk. O acontecido evidenciou o poder do tráfico de drogas do Estado.
27 de Outubro - O Brasil face à crise econômica de 2002, elege o ex-metalúrgico Luís Inácio Lula da Silva do PT como presidente da República com mais de 53 milhões de votos, fato comentado pela imprensa de todo o mundo.

1992
7 de Fevereiro - É assinado em Maastricht, Países Baixos, o Tratado da União Europeia pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros e pelos Ministros das Finanças dos Estados-Membros.
1 de Março - A Bósnia-Herzegovina torna-se independente.
3 a 14 de junho - Brasil - No Rio de Janeiro tem lugar a ECO-92, Cúpula da Terra, como ficou conhecida a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD).
29 de Dezembro - Brasil - Fernando Collor de Mello sofre impeachment. O vice-presidente Itamar Franco assume a presidência da república.

1982
2 de Abril - A Argentina invade as Ilhas Malvinas, dando início à Guerra das Malvinas.
16 e 17 de Setembro - Massacre nos campos de refugiados Sabra e Shatila, no Líbano.
13 de Dezembro - Leonel Brizola é eleito governador do Rio de Janeiro, após constatada uma fraude eleitoral, no caso conhecido como Caso Proconsult, para tirá-lo a vitória.

1972
15 de Maio - Após 27 anos sob administração dos Estados Unidos, Okinawa é devolvido ao Japão.
5 de Setembro - a delegação israelita aos Jogos Olímpicos na Alemanha sofre um atentado da autoria do grupo terrorista Setembro Negro. Onze atletas são mortos. O episódio ficou conhecido como Massacre de Munique.

1962
22 de janeiro - Começa em Punta Del Leste, no Uruguai a Conferência Pan-americana, contrária à linha imposta pelos EUA a Cuba.
31 de janeiro - Cuba é expulsa da OEA, com pressão dos EUA e abstenção do Brasil.
9 de outubro - Uganda torna-se independente do Reino Unido.
14 de outubro - Início da Crise dos Mísseis, em Cuba. Temor mundial por conflito nuclear.
22 de outubro - O presidente americano John F. Kennedy decreta o bloqueio naval a ilha de Cuba no episódio que ficou conhecido como a Crise dos Misseis.
20 de novembro - Fim da Crise dos Misseis, Kennedy levanta a quarentena em Cuba.

1952
Macartismo é o termo que descreve um período de intensa patrulha anticomunista, perseguição política e desrespeito aos direitos civis nos Estados Unidos que durou do fim da década de 1940 até meados da década de 1950.

1942
7 de Janeiro – Segunda Guerra Mundial: Fim da batalha de Moscovo, com a contra-ofensiva Soviética.
15 de fevereiro – Primeiro ataque de submarino a um navio brasileiro, o Buarque, que vai a pique nas proximidades de Norfolk, nos Estados Unidos. Um passageiro morre.
28 de Junho – Segunda Guerra Mundial: Início da Batalha de Stalingrado.
22 de Agosto – Segunda Guerra Mundial: Frente aos seguidos ataques de submarinos alemães e italianos aos navios brasileiros, o Brasil declara guerra à Alemanha e à Itália.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

CIVILIZAÇÃO MUÇULMANA


Árabes viviam na Península Arábica . Área desértica , sem unidade política . Os beduínos no interior eram pastores nômades e viviam em guerras constantes .Acreditavam em espíritos , representados por árvores e pedras e em uma infinidade de divindades subordinada a um ser superior. No litoral Meca e Yatreb tornaram-se centros de comércio e Meca também centro de peregrinação anual dos beduínos que visitavam a Caaba , santuário onde estava guardada a Pedra Negra e os ídolos das diversas tribos .
Meca era administrada pelos coraixitas , grandes comerciantes , interessados em preservar o comércio .
Maomé nasceu em 570 em Meca. Filho de família pobre ( Hashemita) da tribo dos coraixitas . Órfão , educado pelo tio, desde pequeno participou de caravanas , tomando contato com o judaísmo e o cristianismo .Adulto , casou-se com uma viúva rica Khadija , o que lhe permitiu dedicar-se intensamente à meditação religiosa .

HÉGIRA - Passou a ter visões e criou uma nova religião monoteísta , o islamismo em 610 . Converteu seus familiares e ao pregar aos coraixitas , defendendo os pobres e oprimidos foi obrigado a fugir de Meca para Yatreb , depois Medina em 622 , a Hégira , início do calendário muçulmano.
Depois conquistou Meca em 630 , e consolidou sua religião com 5 obrigações : peregrinar a Meca pelo menos uma vez na vida ; dar esmolas, jejuar no mês de Ramadã , orar todos os dias e lutar na guerra santa . ( obrigação ocasional) . O Corão contém os ensinamentos de Maomé e o Suna ou tradição , as narrativas em torno da vida do profeta .

EXPANSÃO MUÇULMANA – Com a sua morte , o poder passou a ser exercido pelos califas que unificaram a Península Arábica , possibilitando a posterior expansão.
A dinastia Omíada ( 661-750) tornou o Mediterrâneo um lago muçulmano . Conquistou a África do Norte , Península Ibérica até o sul da Gália , ilhas de Córsega , Sardenha e Sicília . Muçulmanos só foram barrados em 732 com a derrota na batalha de Poitiers , nos Pirineus , para Carlos Martel .
Bloqueio da navegação cristão pelo Mediterrâneo isolou o Ocidente Europeu e contribuiu para o desenvolvimento de uma economia auto-suficiente e rural a sociedade feudal .
A dinastia Abássida em 750 transferiu a capital para Bagdá . Conquistas voltaram-se para o Oriente, rumo á Índia e China . Surgiram califados independentes e iniciou-se a decadência do império .
Unidade quebrada com o surgimento de dois grandes grupos divergentes , sunitas e xiitas . Xiitas , defendem um chefe religioso e político , descendente de Maomé e seguidor do Corão e os sunitas , chefe político , seguidor do Suna e que não precisaria ser descendente do profeta .
Em 1258 Mongóis capturaram Bagdá. No século XV turcos otomanos , convertidos ao islamismo dominaram a parte oriental do império . A Península Ibérica foi totalmente libertada com a conquista de Granada pelos espanhóis em 1492 .

CULTURA MUÇULMANA - árabes respeitavam as crenças e costumes e assimilaram muitos aspectos dos povos dominados.
Arquitetura – influência bizantina e persa nas cúpulas , minaretes , arcos em ferradura e colunas torcidas .
Literatura – Livro dos reis de Al-firdausi ; Rubayat de Omar Khayan e As Mil e Uma Noites , coletânea de contos.
Ciência – sistema arábico, geometria, álgebra , contabilidade , alquimia como busca da pedra filosofal , destilação, filtração e sublimação . Desenvolvimento da medicina com Avicena , autor de Canon . Astronomia .
Filosofia preservaram Aristóteles e Platão, com Avicena e Averróis.
Comércio – Mossul ( tecidos de algodão ), Bagdá ( vidros , jóias , cerâmicas e seda ) ; Damasco ( aço) ; Marrocos ( couro) ; Toledo ( espadas) .
Árabes introduziram na Europa ainda as invenções chinesas – bússola, papel e pólvora .
Alimentos como algodão , cana de açúcar , laranja e arroz . Pela permanência na Península Ibérica , muitas palavras do português tem origem árabe , como as iniciadas por al - alvaiade , alfaiate .

sábado, 5 de maio de 2012

SEGUNDO REINADO



              Assim, que assumiu criou leis objetivando a ordem, em virtude das revoltas regenciais. Pode ser caracterizado em três períodos, bastante distintos: Consolidação – Apogeu – Decadência.

Consolidação (1840/1850) – lutas entre liberais e conservadores, o café começa a despontar no mercado. Ao iniciar seu mandato compôs seu ministério com membros do Partido Liberal, mas os Conservadores tinham maioria na Câmara e se opunham aos Liberais. Para resolver o impasse, D. Pedro II dissolveu a Câmara e convocou novas eleições para que os Liberais obtivessem a maioria, diante de grande manipulação eleitoral, por parte dos Liberais, as eleições de 1842 ficaram conhecidas como “eleições do cacete”. Em pouco tempo, os Conservadores se aproveitaram da imaturidade do Imperador e o Ministério dos Liberais é substituído por um Ministério dos Conservadores e, novamente, a Câmara é dissolvida e convocadas novas eleições.

As Rebeliões Liberais de SP e MG (1842): protestam contra a dissolução da Câmara, presos os Liberais paulistas e mineiros foram anistiados pelo Imperador, em 1844 e, paulatinamente aceitaram a centralização do poder. Seus líderes foram: Tobias de Aguiar, o ex-regente Feijó, Nunes Galvão e Teófilo Ottoni. Com os Conservadores no Ministério e maioria na Câmara, aprovam leis que visavam a centralização total do poder, inclusive o retorno do Conselho de Estado.

O Parlamentarismo (1847): através do Poder Moderador, D. Pedro II criou o cargo de presidente do gabinete ministerial, que era escolhido por ele. Se o presidente do ministério fosse do partido majoritário, a Câmara continuava a funcionar, do contrário, era dissolvida e convocada novas eleições que davam a vitória à vontade do governo imperial.

A Revolução Praieira (PE, 1847-48): em Pernambuco duas família dominavam o cenário político: os Cavalcanti (Partido Liberal) e os Barros (Partido Conservador). O comércio de Recife era dominado pelos portugueses que só aceitavam patrícios como funcionários. A aliança entre Liberais e Conservadores tinha como objetivo modernizar a produção açucareira a fim de competir com o açúcar antilhano, mas alguns partidários liberais não aceitaram a aliança formando uma dissidência: o Partido Praieiro. Conseguindo a administração provincial em nada inovam e em, 1848 Chichorro da Gama (do Partido Praieiro) é demitido e os praieiros se aproximam do jornalista Borges da Fonseca, que possuía um projeto republicano (sufrágio universal, liberdade de ensino e religião, nacionalização do comércio, direito de trabalho a todos). O movimento armado começou em Olinda e se estendeu para a Zona da Mata, mas quando tentaram atacar Recife, as forças imperiais derrotaram os rebelados. Os líderes: Borges da Fonseca, Pedro Ivo e Joaquim Nunes Machado foram condenados a longas penas, mas em 1852 foram anistiados.

Apogeu (1850/1870) – pacificação política, auge da produção cafeeira. As eleições de 1860 formou a Liga Progressista (aliança entre Liberais e Conservadores), que pregavam a não-intervenção do Estado na economia. A Liga Progressista dominou o cenário de 1862 a 1868, quando dissidentes formaram o Partido Radical, que identificava o liberalismo com a democracia e exigia a descentralização, ensino livre, senado temporário e eletivo e, ainda a extinção do Poder Moderador, mas a sociedade estava dominada pelo Estado.

O Poder do Café (± 1830 a 1930): dominou a economia de todo o Segundo Reinado e parte da República, sendo responsável pela entrada do Brasil na era do capitalismo e pelas diversas transformações sócio-político-econômicas.
O Café no Vale do Paraíba (± 1830-50): monocultura, latifúndio, mão-de-obra escrava, uso de tecnologia rudimentar, fez surgir uma nova classe social conservadora liderada pelos barões do café.
O Café no Oeste Paulista (1850 a 1930): com a edição da Lei das Terras (1850), os cafeicultores não mais poderiam se apossar, só através da compra. Possui as mesmas características do café no Vale do Paraíba, com alguns diferenciais: com a entrada da mão-de-obra imigrante passam a defender a abolição, a sociedade se torna urbana e liberal, as operações mecanizadas e a utilização de ferrovias.
Barão de Mauá: gaúcho de origem humilde, que se torna o primeiro industrial, construiu estaleiros, ferrovias, fundou bancos, companhias de navegação, financiou a iluminação pública no Rio de Janeiro. Mauá, sem o apoio do Império entrou em falência e morreu pobre.

As Tarifas Protecionistas: o gabinete ministerial do Partido Liberal defendia o protecionismo e, no ano de 1844, findaria o Tratado de Comércio com a Inglaterra, assim, o Ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco (1844) seguido por seus sucessores Souza Franco (1857), Silva Ferraz (1860), Rio Branco (1874) e Saraiva (1881), modificaram as tarifas alfandegárias de quase 3.000 produtos importados, variavam de 20% a 60%, dependendo de o produto ter similar nacional ou não. As medidas tinha por objetivo favorecer um crescimento industrial, mas acabaram por prejudicar, pois geravam receitas somente para o governo.

A Lei Inglesa Bill Aberdeen (1845): decretava o direito à marinha inglesa de aprisionar navios negreiros e julgá-los como atos de pirataria, nos tribunais ingleses. Pressionou o governo brasileiro a editar a Lei Eusébio de Queirós.

A Lei Eusébio de Queirós (1850):  extinguiu o tráfico de escravos para o Brasil, ocasionou a escassez da mão-de-obra escrava, o fortalecimento do movimento abolicionista, a aplicação de recursos em outras áreas e a importação de trabalhadores livres (imigração).

A Imigração (1847 a 1871): vindos da Alemanha e Itália substituíram a mão-de-obra escrava nos cafezais.
Imigração Por Parceira (1847-56): contratação de colonos da Alemanha, recebiam duas passagens pagas pelo cafeicultor, instrumentos agrícolas, gêneros alimentícios. Instalados em seus lotes, o imigrante deveria reembolsar todas as despesas ao latifundiário. Os que conseguiram se livrar da opressão dos cafeicultores irão se fixar na região do Vale dos Sinos (RS). Em 1856, em Limeira (SP) os imigrantes vão se revoltar e a Prússia vai suspender a imigração para o Brasil.
Imigração Subvencionada (1871): sob a responsabilidade do governo, os imigrantes italianos vinham com contrato de trabalho assinado e salário acertado. O imigrante vinha com todas as despesas pagas e, o valor não era repassado ao imigrante. Mediante aviso prévio, o imigrante podia sair da fazenda de café e procurar trabalho em outras áreas.

Outras Atividades Econômicas
Açúcar: para enfrentar a concorrência externa, se modernizou, com empréstimos ingleses, a partir de 1870, os engenhos eram movidos a vapor.
Algodão: com a Guerra da Secessão (EUA, 1860-65) houve um aumento da demanda, mas quando a economia do sul dos EUA se restabeleceu a procura pelo algodão brasileiro entrou em declínio.
Borracha: o látex da Amazônia passou a ser produto de larga exportação, principalmente para os EUA, mas os ingleses contrabandearam mudas e deram início aos plantations de seringueira no sudeste asiático, nas primeiras décadas do séc. XX, a borracha brasileira entrou em declínio.

A Política Externa:  voltada para a região do Prata, onde através dos rios Uruguai, Paraná e Paraguai, o Brasil e a Inglaterra tinham interesses econômicos.
Guerra contra Oribe (Uruguai) e Rosas (Argentina): no Uruguai existiam dois partidos, os Blancos (apoiados pela Argentina) e os Colorados (apoiados pelo Brasil), em 1835, Oribe (Blanco) é eleito presidente do Uruguai, mas em 1836 os Colorados liderados por Rivera tomam o poder através de uma rebelião. Oribe, com o apoio de Rosas (Argentina) cerca Montevidéu para retornar o poder, mas o Brasil envia tropas para ajudar seu aliado político, Rivera, contando ainda com a ajuda de Urquiza (presidente da província de Entre Rios – Argentina), acabando com o cerco a Montevidéu. Em 1852, Rosas é derrotado na Batalha de Monte Caseros. Assim: no Uruguai – Rivera e na Argentina – Urquiza, aliados do Brasil.
Guerra contra Aguirre (Uruguai): em 1864, novamente os blancos elegem um presidente, Aguirre, diante das freqüentes ameaças de guerra civil, encabeçadas por Venâncio Flores (Colorado). Alegando que os conflitos no Uruguai ameaçavam a economia no RS, o Brasil envia a Missão Saraiva, diante do fracasso da diplomacia o Brasil envia tropas para dar apoio a Venâncio. As tropas lideradas pelo riograndino Alm. Tamandaré sitiaram Montevidéu e depuseram Aguirre. Em 1865, assume Venâncio Flores.
A Questão Christie (Inglaterra): em 1863, Brasil e Inglaterra romperam relações diplomáticas devido a dois incidentes: o naufrágio do navio “Príncipe de Gales”, na costa do RS, em 1861, que teve suas manufaturas desaparecidas (indenização que o Brasil se recusava a pagar) e a prisão de 03 oficiais britânicos que, bêbados, provocavam arruaças, no RJ, em 1862. Os incidentes resolvidos através de arbitramento deram vitória ao Brasil, diante disso a Inglaterra deveria desculpar-se oficialmente, mas não o fez. Somente em 1865, a Inglaterra apresentou desculpas, pois interessava vender armas para a luta do Brasil com o Paraguai e proteger seus interesses na região platina.
A Guerra do Paraguai (1865-70): a economia paraguaia crescia e totalmente independente do capitalismo inglês, com grandes avanços sociais e econômicos estava se transformando numa grande potência. Solano Lopes tinha a intenção de expandir o território paraguaio e, por isso, não aceitava a internacionalização dos rios da Bacia do Prata. Em 1865, Brasil, Argentina e Uruguai formaram a Tríplice Aliança, que deu início à luta armada. Nos anos de 1865-66, o Paraguai conquistou diversas vitórias em território brasileiro, mas com armas e navios a vapor comprados da Inglaterra, o Brasil vai demonstrar seu poderio militar. Em 1869, Assunção é tomada por Duque de Caxias e, em 1870 Solano Lopes é derrotado na Batalha de Cerro Cora. As conseqüências são trágicas: a população paraguaia é dizimada, os bens do estado são leiloados, o capitalismo inglês se perpetua. Mas, por outro lado, o “genocídio latino-americano” despertou e fortaleceu o espírito de classe dentro do exército brasileiro, além, é claro, do Brasil se tornar dependente da Inglaterra, em virtude das compras de navios e armas.

A QUEDA DA MONARQUIA
Decadência (1870/1889) – época de novas idéias, fortalecimento do movimento abolicionista, expansão do café para o oeste paulista e oeste paranaense. Manifestações abolicionistas, religiosas, políticas e militares aliadas as freqüentes insurreições, como o Quebra-Quilos e a Revolta dos Muckers sinalizavam a crescente dificuldade do regime em atender os anseios da população.

Quebra-Quilos: movimento popular ocorrido nos sertões do Nordeste entre 1872-73 contra a adoção do sistema métrico decimal. Parte da população, principalmente a mais pobre, que vivia do pequeno comércio das feiras, passou a quebrar os novos padrões de medição (litros, metros, quilos), entendendo ser esse sistema uma forma de “explorar o povo”. As autoridades reagiram com violência, tachando a revolta de “banditismo”.
Revolta dos Muckers: conflito entre os integrantes de um reduto religioso no município de São Leopoldo (RS) e as autoridades provinciais, entre 1872-74. Ao lado das práticas religiosas, os “muckers” (falso beato, em alemão) passaram a promover invasões e pilhagens de propriedades, motivando a repressão e a extinção do reduto.
                A desagregação do regime monárquico é resultado de vários fatores de ordem econômica, social e política que, somados, conduziram importantes setores da sociedade a conclusão de que a monarquia precisava ser superada.

A Questão Abolicionista: o Brasil era o único país independente da América a manter a escravidão, a liderança de José do Patrocínio, aliados a ascensão da economia cafeeira, a mão-de-obra imigrante e a pressão dos caifazes são fatores importantes. Ademais, o governo imperial edita algumas leis de caráter abolicionista:
Lei do Ventre Livre ou Lei Rio Branco: os filhos de escravos nascidos a partir de 28.09.1871 eram livres.
Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva Cotegipe: os escravos com mais de 65 anos eram libertos, a partir de 1885.
Lei Áurea: libertação de todos os escravos, assinada pela Princesa Isabel, em 13.05.1888.
Obs: as províncias do CE e AM, anteciparam a abolição, em 1884, seguidos por algumas cidades do RS, no ano de 1885.

A Questão Religiosa: o Imperador detinha os poderes de padroado (nomear bispos) e beneplácito (autorizar ou não as normas papais em território brasileiro). A ruptura da relação estado-igreja se dará em função da edição de duas bulas papais (Quanta Cura e Syllabus), pelo Papa Pio IX, proibindo a participação de maçons na igreja. Foram proibidas de serem cumpridas no Brasil, pelo Imperador, mas os bispos de Olinda e Belém acataram as ordens de Roma, sendo presos e condenados a trabalhos forçados. A prisão dos bispos levou vários membros da igreja, inclusive leigos a se colocarem contra a monarquia.

A Questão Política: em 1870, é lançado através da imprensa o Manifesto Republicano, elaborado por dissidentes do Partido Liberal e, em 1873, surge o primeiro partido de cunho republicano, o Partido Republicano Paulista (em sua maioria cafeicultores e alguns militares participantes da Guerra do Paraguai). O Partido Republicano possuía duas alas:
q  Republicanos Históricos: favoráveis a transição política, da monarquia à república.
q  Republicanos Positivistas: combatiam a monarquia ferrenhamente, a separação entre o estado e a igreja e a implantação de uma ditadura republicana (positivismo, de Augusto Comte).

A Questão Militar: depois da Guerra do Paraguai surge, principalmente, no exército, o espírito corporativista. Assim, os militares passaram a exigir maior participação na política do país, expressando suas idéias nos jornais, através do Clube Militar fundado em 1887. Os militares, divididos em duas alas, ingressaram nos Partidos Republicanos:
q  Deodoristas: alta oficialidade, parentes e amigos, não tinham uma idéia elaborada a respeito da república, mas apoiavam cegamente Deodoro da Fonseca.
q  Positivistas: liderados por Benjamin Constant, participavam estudantes das escolas militares.
                Diante da prisão de oficiais e soldados, por expressarem suas opiniões a favor da abolição, do aumento salarial e de casos de corrupção envolvendo políticos e militares; o corporativismo vai despertar a solidariedade de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto que, em 15.11.1889, vão proclamar a República.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

IMPÉRIO BIZANTINO


Império Romano Oriental . Capital Bizâncio ou Constantinopla . Localização privilegiada . Comércio intenso. Império centralizado e despótico . Preponderância da cultura oriental e língua grega e caráter multiracial .

JUSTINIANO – maior imperador ( chamado basileu) . Apogeu do império . Período de 527 a 565 d.C. Ampliou fronteiras . Principal obra – Corpo de Direito Civil ou Código Justiniano - Código ( leis romanas ) ; Digesto ( jurisprudência) ; Institutas ( princípios fundamentais ) e Novelas ( leis do período de Justiniano) .
Buscou restaurar antigas fronteiras do Império Romano . Estabeleceu " paz perpétua" com os persas . Iniciou guerras ofensivas reconquistando a África do norte sob domínio dos vândalos , atacou os ostrogodos na Itália e os visigodos na Espanha Meridional. Dominou a Ásia Menor , Síria , Palestina e o norte da Mesopotâmia .
Despotismo total do imperador e no campo camponeses submetidos à escravidão trabalhavam para a nobreza em latifúndios.
Burocracia centralizada, altos impostos e gastos militares , levaram a insatisfações violentas como a Revolta Nika . Justiniano construiu a Igreja de Santa Sofia . Era chefe da Igreja e do Estado - cesaropapismo .
Após Justiniano império se enfraqueceu .

IGREJA BIZANTINA - afastou-se da católica . Surgiram heresias . MONOFISISMO – Cristo teria apenas a natureza divina e negava-se o dogma da Santíssima Trindade . MOVIMENTO ICONOCLASTA – Imperador Leão III em 725 proibiu o uso de imagens de Cristo ou dos santos. Objetivo era diminuir o poder do clero , dono de vastas terras , diminuindo seus rendimentos com a venda de imagens .Prenúncio da separação .

CISMA DO ORIENTE – Em 1054 , Igreja ortodoxa separa-se da Igreja Católica .Divergências entre o papa e o patriarca tornaram-se inconciliáveis .

IMPÉRIO LATINO – Após o século XI , com o crescimento da Europa , Bizâncio virou alvo da ambição das cidades italianas , sendo invadida pelos venezianos na quarta Cruzada .

FIM DO IMPÉRIO – Com a expansão dos turcos otomanos , Constantinopla foi conquistada em 1453 .
Bizantinos influenciaram a arquitetura ( Catedral de S. Marcos) , filosofia ( divulgaram obras da Grécia Antiga) , ciências , direito ( Corpus Juris Civilis ) . Os eslavos, inclusive os russos receberam dos bizantinos seu alfabeto, concepção de Estado e religião .

quarta-feira, 2 de maio de 2012

REGÊNCIAS



          Período de transição, pois o país seria governado por regentes até que o pequeno sucessor atingisse a maioridade (18 anos). Os interesses das camadas populares foram esquecidos pelos regentes e se tem constantes lutas buscando a descentralização do poder. Os grupos políticos do período regencial, serão quase os mesmos dos momentos anteriores à proclamação da independência:
a)  o Partido Português se transformou nos Restauradores ou Caramurus, pregavam a centralização do poder e a volta de D. Pedro I, vão se aliar aos Liberais Moderados, após a morte de D. Pedro I, em 1834;
b)  o Partido Brasileiro passou a se chamar  Liberais Moderados, pregavam a manutenção da monarquia e a centralização do poder;
c)  o Partido Liberal Radical, agora são os Liberais Exaltados, defendiam a implantação de uma república e vão liderar as revoltas regenciais.

A Regência Trina Provisória: a Assembléia dos Deputados estava em recesso quando D. Pedro I abdicou, por isso os Liberais Moderados e militares formaram a regência e convocaram os deputados para a votação da Lei da Regência. A Lei da Regência, uma vez aprovada determinou que os regentes não podiam fazer uso do Poder Moderador, proibida a dissolução da Assembléia dos Deputados, a criação de impostos também foi proibida, além de aprovarem os regentes.

A Regência Trina Permanente (1831-35):   foi utilizado o critério regional, para a escolha: representante do norte e do sul e um homem do exército. Criaram a Guarda Nacional, composta por cidadãos eleitos, pelo voto secreto, pelas suas comunidades, desde que tivessem propriedades (“homens de bens”) e, o Código de Processo Criminal (1832), que instituiu o tribunal do júri e os juízes de paz eram escolhidos pelos eleitores locais.

O Ato Adicional (1834): a votação do Ato Adicional causou grandes discussões, pois os Liberais Exaltados defendiam ampla autonomia para as províncias e municípios e a extinção do Poder Moderador. Os Liberais Moderados combatiam ferrenhamente as idéias dos Exaltados, por acharem avançadas demais. O Ato Adicional decidiu pela redução da autonomia das províncias (não podiam ter constituição própria e os presidentes das províncias seriam nomeados pelo governo central), mas lhes foi dado a oportunidade de criarem as Assembléias Provinciais (legislação quanto as despesas e aplicação dos impostos locais), os municípios estariam totalmente subordinados ao governo provincial. Extinguiu o Conselho de Estado e criou o município neutro – o Rio de Janeiro. Decidiu, ainda, que a regência trina seria substituída pela regência una, com duração de 04 anos (“experiência republicana”). O Ato Adicional foi um avanço e um retrocesso!

A Regência Una de Feijó (1835-37): em sua regência o Partido dos Liberais Moderadores sofrerá uma cisão: Progressistas, união daqueles que eram a favor do Ato Adicional (futuro Partido Liberal, no Segundo Reinado) e os Regressistas, que eram contra o Ato Adicional (futuro Partido Conservador). Feijó encontrou grande resistência e sem o apoio da Igreja e das classes dominantes, renunciou em 1837.

A Regência Una de Araújo Lima (1838-40): era da ala Regressista e apoiava os latifundiários escravocratas do Nordeste, mas incentivou a cultura cafeeira do Sudeste. Reformulou o Código de Processo Criminal e fez aprovar a Lei de Interpretação do Ato Adicional (1840), que subordinou a polícia e o sistema judicial ao governo central (essas medidas foram efetivadas no Segundo Reinado).

As Revoltas Regenciais: algumas das revoltas estiveram sob a liderança dos Liberais Exaltados que foram deixados fora do poder regencial, vão pregar a criação de uma república.

Levantes e Motins (RJ, 1831-32): sucessão de motins em quartéis e manifestações de rua. O governo atribuiu as “arruaças” aos Exaltados e aos Restauradores, reprimindo-as severamente. As manifestações mobilizaram sobretudo as camadas médias e baixas da população. Suas exigências de medidas políticas democratizantes e descentralizadoras foram importantes para que o governo decidisse pela reforma do Ato Adicional (A Lei de Interpretação do Ato Adicional, de 1840).
Cabanada (PE, 1831-32): agitações militares no Recife contra a atuação dos Restauradores e comerciantes portugueses. Foram as célebres: Setembrada, Novembrada e Abrilada. Parte do interior da província foi tomada pela insurreição dos “cabanos” (pequenos camponeses, trabalhadores de engenho, escravos, índios e caboclos. Estimulados por ativistas Restauradores, os revoltosos saíram em defesa de D. Pedro I, contra os Exaltados.
Cabanagem (PA, 1834-40): diante da miserabilidade generalizada, as classes baixas fazem uma verdadeira revolução social, pois o poder provincial nas mãos das classes dominantes ligados aos comerciantes portugueses empobrecia, cada vez mais, a população. Tinham como objetivos reformas sociais, o fim da escravidão e a distribuição de terras, atacando diretamente os interesses dos latifundiários, estes ajudados pelas tropas regenciais derrotaram os cabanos, que conseguiram depor o presidente provincial e organizar um governo provisório, por 75 dias. De 1836 a 1840, os cabanos foram combatidos, sendo massacrada quase metade da população paraense. Clemente Malcher (latifundiário que apoiava os cabanos foi fuzilado por estes, após traí-los); Eduardo Angelim e Pedro Vinagre (cabanos) foram executados pelo governo central.
Malês (BA, 1835): levante de escravos contra os maus tratos, tinham a intenção de matar todos os brancos e mulatos e a libertação de todos os escravos. A conspiração foi denunciada e, o governo regencial organizou uma reação para eliminar todos os malês, mas diante da interferência dos senhores os malês foram poupados e somente 05 foram fuzilados, embora a deportação de 150 e a condenação da grande maioria à chicotadas.
Farroupilha (RS-SC, 1835-45): a economia do RS era considerada marginal, devido ao surto do café, incidiam sob o charque altos impostos e sem proteção alfandegária, sofria a concorrência do charque platino. O presidente provincial acusou o estancieiro e militar Bento Gonçalves de ter idéias republicanas e ligações com os caudilhos. Irritados diante do descaso e as acusações em 20.09.1835, depuseram o presidente da província e organizaram um movimento político-militar, defendendo a idéia de criação de uma república federalista. Em 1836, é proclamada a República Riograndense e em 1839, conquistam Laguna (SC) sob a liderança de Guiseppe Garibaldi e proclamam a República Juliana. Em 1845, é assinada a Paz de Ponche Verde, tendo como representante farroupilha Vicente da Fontoura e Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias), representando o governo imperial.
Sabinada (BA, 1837-38): a classe média sofrendo com o empobrecimento da província, revoltados porque seus filhos eram convocados para se incorporarem ao exército imperial a fim de combater os Farroupilhas e com a influência da maçonaria, vão proclamar uma república provisória, pois esta duraria até a maioridade de D. Pedro II. A repressão do governo regencial recebeu o apoio dos latifundiários baianos, mais de 2.000 pessoas foram mortas, 3.000 pessoas presas e o líder o médico Francisco Sabino foi condenado à morte.
Balaiada (MA, 1838-41): luta de cunho social, pois a economia era dominada pelos portugueses e o algodão perdia o mercado para os EUA, no poder revezavam-se os liberais (bem-te-vis) e conservadores (cabanos), que utilizavam a população como massa de manobra. Os balaios desorganizados e sem unidade, fizeram exigências para que a paz fosse assinada (anistia para os revoltosos, expulsão dos portugueses natos e revogação da lei que criou a Guarda Nacional), mas foram rejeitadas por Lima e Silva. O combate aos balaios foi duro e violento, cerca de 12 mil sertanejos e escravos morreram. Os líderes Raimundo Gomes (Cara Preta), Manuel Ferreira (Balaio) e Cosme (ex-escravo) foram presos e por ocasião da maioridade de D. Pedro II receberam anistia ampla.

O Golpe da Maioridade (1840): o Partido Liberal (antigos Progressistas) fundou o Clube da Maioridade, com o objetivo de difundir a idéia de antecipação da maioridade de D. Pedro II e acabar com as regências. Assim, vitoriosos, em 23.07.1840, D. Pedro II foi coroado imperador, aos 16 anos de idade.

terça-feira, 1 de maio de 2012

CIVILIZAÇÃO ROMANA

A civilização romana, ao contrário de outras civilizações anteriores, desenvolveu-se numa região de solo fértil e litoral pouco recortado, localizada na Península Itálica. Assim como na Grécia, na Península Itálica, os primeiros tipos de organização política foram as cidades-estado.
 
Origem de Roma:
Lendária: Rômulo e Remo (753 a.C.)
Histórica: Roma foi fundada como um forte (fortaleza) pelos latinos para se defenderem dos ataques etruscos (1000 a.C.): região do Lácio. Os povos mais significativos na formação de Roma são os latinos, os sabinos e os etruscos.
 
  Evolução Política de Roma:
Monarquia (753 a 509 a.C.).
República (509 a 27 a.C.).
Império (27 a.C. a 476 d.C.).
 
  A Monarquia Romana: Economia: agrária de subsistência. Classes sociais: Patrícios (cidadãos de Roma possuidores de terras e gado – aristocracia), plebeus (livres, embora não participassem do Senado nem pudessem formar famílias legalmente reconhecidas – representavam a maioria da população), clientes (plebeus que viviam agregados às famílias patrícias) e escravos (população recrutada entre os derrotados de guerra, não possuíam qualquer direito político). Reis acumulavam as funções executiva, judicial e religiosa, embora com poderes limitados pelo Senado ou Conselho dos Anciãos (possuíam direito de veto e sanção das leis apresentadas pelo rei). A ratificação das leis era feita pela Assembléia ou Cúria, composta por todos os cidadãos em idade militar.

  O Golpe dos Patrícios (509 a.C.): Os patrícios, através do Senado, derrubaram o último rei de Roma, o etrusco Tarqüínio, o Soberbo. O movito para o golpe dos patrícios foi o absolutismo real, já que os Etruscos que ocupavam o poder buscavam anular as limitações impostas pelos conselhos ao poder do rei.

  A República (509 a.C. – 27 d.C.): A República, na verdade, foi uma aristocracia exercida pelos patrícios.
As instituições republicanas foram os Cônsules (chefes da República, em número de dois, eleitos anualmente – escolhidos entre os patrícios), o Senado (órgão máximo, controlava toda a administração, as finanças e decidia pela guerra ou pela paz – também era composto por patrícios), os pretores (encarregados da aplicação da justiça), os censores (responsáveis pelo censo da população e vigilância dos costumes), os questores (responsáveis pelas finanças), os edis (responsáveis pela administração pública), os ditadores (governavam com plenos poderes por seis meses, em caso de graves crises) e as Assembléias Populares (Assembléia Centurial – votos, Assembléia Cural – assuntos religiosos, e Assembléia Tribal – escolhia questores e edis). Com o expansionismo romano através de guerras, os patrícios passaram a acumular terras, riquezas e escravos. Os plebeus, marginalizados, passaram a fazer reivindicações, pois integravam o exército, pagavam impostos, garantiam a segurança de Roma, mas não possuíam direito algum. Os plebeus realizaram diversas manifestações, conseguindo direitos fundamentais como:
Tribuno da Plebe: vetar leis que prejudicassem os plebeus, conhecida como assembléia centuriata.
Lei das Doze Tábuas: leis escritas que limitaram as arbitrariedades.
Lei Canuléia: possibilidade de casamento entre plebeus e patrícios. Eleição dos magistrados plebeus: inclusive cônsul.
Lei Licínia-Sêxtia: proibição da escravidão por dívida. Depois, a escravidão de romanos foi proibida.


O Expansionismo Romano: Primeiramente, houve a conquista da Península Itálica (vitória sobre os etruscos, os gregos e os gauleses), buscando obter alimentos e defesa. Logo depois, voltou-se Roma para a conquista do Mediterrâneo. Enfrentou Roma, então, Cartago, colônia fenícia que resistiu à queda do Império Fenício, tornando-se uma potência comercial no Mediterrâneo. Essa disputa militar contra Cartago recebeu o nome de Guerras Púnicas, e o motivo principal foi a disputa pelo controle comercial do Mediterrâneo. Estes conflitos foram vencidos por Roma, que destruiu Cartago. Como conseqüência, Roma dominou o Mediterrâneo. Em seguida, Roma conquistou o Mediterrâneo Oriental: Macedônia, Grécia, Egito, Ásia Menor, Síria.
Com as conquistas, houve um grande afluxo de riquezas para Roma. A agricultura entrou em crise pela concorrência com os produtos das regiões dominadas. Os pequenos proprietários se arruinaram e venderam suas terras a preços muito baixos para os patrícios, que formaram latifúndios. Os plebeus, expulsos da terra, não conseguiam empregos nos centros urbanos pela concorrência com os escravos. O Estado, para evitar conflitos, iniciou a política do pão e circo, com a distribuição de trigo e o oferecimento de espetáculos circenses gratuitos. A República padece, com a corrupção e a exclusão.

 As Ditaduras dos Generais Políticos: A luta civil desencadeou-se em Roma numa guerra entre dois generais, Mário e Sila, pelo poder. Ambos eram Cônsules. Mário implantou uma ditadura com o apoio do Exército e realizou reformas em favor das camadas populares, além de instituir o soldo para os soldados, profissionalizando o exército. O general Sila, conservador, estabeleceu, logo em seguida, outra ditadura militar, restabelecendo os privilégios da aristocracia, combatendo violentamente as reivindicações populares e agravando a situação social.

 Os Triunviratos: Os triunviratos foram acordos entre políticos e generais para controlar o poder. O primeiro triunvirato foi formado pelos cônsules Pompeu, Júlio César e Crasso. Após a morte de Crasso, rivalizam Júlio César e Pompeu. Júlio César sagrou-se vencedor, iniciando sua ditadura pessoa, com a realização de reformas populares que sofreram a oposição do Senado. Acabou por ser assassinado por uma conspiração promovida pelo Senado.
O Segundo Triunvirato foi formado pelos cônsules Marco Antônio, Otávio e Lépido. Otávio afastou Lépido e declarou guerra a Marco Antônio, vencendo-o no Egito. Otávio conquistou os soldados com presentes e o povo com distribuição de trigo. Recebeu do Senado vários títulos: princeps (primeiro cidadão), imperator (o supremo) e augustus (o divino). O triunfo de Otávio assinalou o fim da República e o nascimento do Império Romano.

 O Alto Império Romano: Perseguição aos cristãos (martírio) - motivos: os cristãos não aceitavam o politeísmo nem o caráter divino do imperador. O caráter pacifista e universalista do cristianismo chocou-se com o militarismo e o escravismo do Império romano.

 O Baixo Império Romano: Marca o inicio da crise do Império Romano.

 Tentativas de Reformas 

Diocleciano: Edito do Máximo: tabelava os preços máximos para produtos e salários. Não funcionou. Tetrarquia: dividiu o governo do império entre quatro pessoas para facilitar a administração.

 Constantino: fundação de Constantinopla: proteção do Oriente. Edito de Milão: legalizou o cristianismo. Lei do Colonato: obrigatoriedade de fixação do colono à terra (vila) que trabalhava.

 Teodósio: Edito de Tessalônica: oficializou o cristianismo. Divisão do Império Romano: Império Romano do Ocidente (capital Roma) e Império Romano de Oriente (capital Constantinopla).

 Decadência do Império Romano: Esgotamento do modo de produção escravista gera a crise econômica, com a falta de braços na agricultura e na mineração. A extensão do Império gera a necessidade do aumento abusivo dos impostos, o que gera revoltas e insubordinações. Os mercados se retraem e declina a produção. A volta para uma economia rural de subsistência: inicia uma fuga para os campos, buscando fugir dos impostos e da crise. Os grandes proprietários rurais, em suas vilas, buscam a auto-suficiência, estabelecendo as origens do feudalismo. A retração do comércio e da vida econômica logo se reflete na queda da arrecadação de Impostos, privando o Estado Imperial dos recursos para a manutenção do Exército e da burocracia. A anarquia militar e o enfraquecimento do poder central aceleram o processo de fragmentação política. A ascensão do cristianismo e o aumento da influência da Igreja retira a necessária violência da sociedade romana, sendo a mensagem de pacifismo pregada pela Igreja um veneno ante a sede de invasão dos bárbaros. As invasões bárbaras.

 Queda de Roma: Em 476, os hérulos, invadiram a cidade de Roma e derrubaram o último imperador romano, Rômulo Augusto. O Império Romano do Oriente duraria até meados do século XV. O Império Oriental, chamado Bizantino, extinguiu-se em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos turcos. 

Influências Culturais Romanas: A cultura romana não possuiu a grandiosidade grega, voltando-se para as necessidades práticas. A necessidade de glorificação do Estado esteve presente de forma onipresente nas artes. O Direito Romano visava regulamentar a vida do cidadão romano estabelecendo seus direitos e deveres diante do Estado. Foi o mais significativo legado romano. Na religião, primitivamente foram politeístas, com cultos públicos e domésticos que sofriam a influência grega. A partir do Edito de Milão, estabeleceu-se o catolicismo como religião oficial romana, vindo daí a estruturação da Igreja Católica e a construção do culto a Jesus Cristo.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

CARPE DIEM

"Aprendi que se aprende errando 
Que crescer não significa fazer aniversário. 
Que o silêncio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem. 
Que trabalhar significa não só ganhar dinheiro. 
Que amigos a gente conquista mostrando o que somos. 
Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim. 
Que a maldade se esconde atrás de uma bela face. 
Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura por ela 
Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada 
Que a Natureza é a coisa mais bela na Vida. 
Que amar significa se dar por inteiro 
Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos. 
Que se pode conversar com estrelas 
Que se pode confessar com a Lua 
Que se pode viajar além do infinito 
Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde. 
Que dar um carinho também faz... 
Que sonhar é preciso 
Que se deve ser criança a vida toda 
Que nosso ser é livre 
Que Deus não proíbe nada em nome do amor. 
Que o julgamento alheio não é importante 
Que o que realmente importa é a Paz interior."
(Aprendendo a viver - Herman Melville)

I REINADO

A Assembléia Constituinte (1823): com representantes de todas as províncias, a primeira Constituinte da nossa história é convocada e apresentam um projeto bastante liberal, embora demonstrasse os interesses da classe dominante. Apresentava o voto censitário, eleições indiretas, a presença dos três poderes clássicos, eliminava todos os privilégios e monopólios, mas mantinha a escravidão. Diante do projeto D. Pedro I teria de se submeter ao Poder Legislativo, por isso, dissolve a Assembléia Constituinte, em 12.11.1823 (Noite da Agonia).
  A Constituição Imperial (1824): idealizada por dez homens de confiança de D. Pedro, foi outorgada tendo como características: o voto censitário, senado vitalício e a presença de quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário (submissos) e Moderador (poder exclusivo do imperador), criando o Conselho de Estado, órgão consultivo do Poder Moderador.
  A Confederação do Equador (1824): diante da dissolução da Constituinte e da outorga da Carta de 1824, em Pernambuco o jornalista Cipriano Barata e Frei Caneca denunciavam nos jornais o absolutismo de D. Pedro I. As Câmaras Municipais de Olinda e Recife se recusaram a prestar juramento à Constituição imposta. O imperador substituiu o presidente da província por um homem de sua confiança, tentando conter os ânimos, mas a situação piorou, em 02.07.1824 os revoltosos proclamam a Confederação do Equador, recebendo a adesão do CE, PB e RN e adotando a constituição da Colômbia, até que convocassem uma constituinte. Os confederados ao suspenderam o tráfico negreiro desagradaram os grandes proprietários rurais e perderam a unidade. Por outro lado, o Imperador contratou mercenários ingleses (Lorde Cochrane) que acabaram com a Confederação. Todos os líderes foram levados à forca, somente Frei Caneca foi fuzilado.
  O Reconhecimento Internacional: era importante para evitar o perigo da recolonização e poder praticar o comércio com outras nações. Os Estados Unidos foi o primeiro a reconhecer o Brasil como nação independente, embasados na Doutrina Monroe. Os países absolutistas europeus (grupo da Santa Aliança) combatiam quaisquer movimentos de independência, entre eles Portugal. Com a recusa de Portugal, começou a perseguição aos portugueses residentes no Brasil. Pressionados pela Inglaterra, Portugal irá reconhecer nossa independência, mediante uma grandiosa indenização (início da nossa dívida externa). A Inglaterra, em 1826, ao reconhecer o Brasil como nação soberana exigiu a renovação dos Tratados de 1810 e 1816 e, o fim do tráfico de escravos, até 1830. Outros países como a França e a Áustria exigiram as mesmas condições alfandegárias da Inglaterra para o reconhecimento.
  A Guerra da Cisplatina (1825): sob o comando do Gen. Lavalleja a Cisplatina iniciou sua emancipação do território brasileiro. Por primeiro se incorporaram ao território da República das Províncias Unidas do Prata (atual Argentina). D. Pedro I declarou guerra à Argentina, mas a Inglaterra pressionou o Brasil para que acabasse com a guerra, pois dia-a-dia perdia dinheiro com o conflito e, mais não interessa aos ingleses que a Argentina dominasse as duas margens do Rio da Prata. O poderio econômico inglês falou mais alto, em 1828, surge a República Oriental do Uruguai (antiga Cisplatina).
  A Crise Econômica, Política e a Abdicação: o açúcar brasileiro sofria a concorrência do açúcar de beterraba europeu, a produção de tabaco caiu, o algodão e o arroz perdiam para os produzidos na região platina. As revoltas internas e externas, resultaram em grandes gastos, aliado ao empréstimo feito junto a Inglaterra para o pagamento da indenização a Portugal. Além disso tudo, o Banco do Brasil entra em falência devido a negociatas de membros do Partido Português. A maior causa da crise política está na questão sucessória portuguesa, com a morte de D. João VI, D. Pedro I se torna o herdeiro natural. Através dos “pasquins” eram feitas críticas ferrenhas a D. Pedro I, quanto ao trono português, alertando o perigo de recolonização caso ele ficasse com as duas coroas, o assassinato do jornalista Líbero Badaró desperta a indignação na sociedade brasileira. O episódio da Noite das Garrafadas (13.03.1831) e a substituição do gabinete ministerial por membros do Partido Português (Ministério dos Marqueses) faz com que o Partido Brasileiro e o Liberal Radical exijam a renúncia de D. Pedro I. Em 07.04.1831, D. Pedro I abdica do trono brasileiro em favor de seu filho Pedro de Alcântara de apenas 5 anos de idade.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

CIVILIZAÇÃO GREGA


Situada na Península Balcânica, nunca atingiu o status de reino unificado, graças às divisões internas em Cidades-estado que guerreavam constantemente entre si (Pólis). Apresenta território banhado pelo mar Egeu e pelo mar Jônico. Por ter um território marcadamente montanhoso, a agricultura tornou-se inviável voltando-se os gregos para o comércio.

Período Pré-Homérico (2500-1100 a.C.): Período anterior à formação do povo grego, ou Grécia Primitiva. Na região, ocupada pela população autóctona (originária da própria região), desenvolveu-se a civilização creto-micênica, cujos centros eram a cidade de Micenas e a ilha de Creta. A partir do século XX a.C., sucessivas invasões de tribos nômades abalaram o vigor cultural creto-micênico. Aqueus, jônios, eólios e dórios saquearam e destruíram a região e formaram, pela mistura racial e cultural, o povo grego. O primeiro grupo a chegar à Grécia foram os aqueus.

Período Homérico (1100-800 a.C.): Fase retratada pelos poemas de Homero, Ilíada e Odisséia. Marca a invasão dos Dórios, que formarão Esparta e destruirão Micenas, fazendo com que a vida urbana praticamente desaparecesse. A população retornou para um tipo de vida mais primitivo, voltando a se organizar em pequenas comunidades, cuja célula básica era a grande família ou gens. A autoridade máxima era representada pelo “pater”, e os bens de produção e trabalho eram coletivos. Vários clãs, ou gens, formavam uma fratria; várias fratrias uma tribo. Não havia propriedade privada e todos os membros tinham direitos iguais. A posição social dependia do grau de parentesco com o pater-família.

Período Arcaico (800-500 a.C.): Fase da formação das cidades-estados (pólis). Graças ao crescimento populacional, que não foi acompanhado pelo crescimento da produção, e graças à tendência dos gens a se dividirem em pequenas famílias, a sociedade coletiva foi desestruturando-se. Iniciou o aparecimento do individualismo e da propriedade privada. Os parentes mais próximos dos “paters” foram favorecidos, recebendo as terras anteriormente comunitárias. Formou-se a classe dos grandes proprietários: a aristocracia. A pólis se caracteriza pela independência, pela auto-suficiência econômica e pelo culto local. O líder da sociedade passou a ser o eupátrida (filho do pai).
Formaram-se aproximadamente duas centenas de cidades, com um desenvolvimento histórico diferente. As duas principais foram Atenas (fundada pelos Jônios) e Esparta (fundada pelos Dórios). A nobreza de nascimento, mas sem bens, assim como os pequenos proprietários empobrecidos passaram a buscar a colonização de novas terras. Essa dispersão originou novas cidades, como Marselha e Bizâncio. Juntamente ao expansionismo grego, com a formação de novas colônias, havia também o aumento do escravismo até o ponto de ser o escravo a base da estruturação grega. A ampliação das camadas médias (demiurgos) e do escravismo, provocou a contestação ao poder da aristocracia, originando conflitos sociais e políticos que caracterizaram a passagem do período arcaico para o clássico.

Período Clássico (500-338 a.C.): Fase correspondente ao apogeu da civilização grega, com a disputa entre Atenas e Esparta, e de ambas contra a Pérsia.
Esparta: Localizada numa região chamada Lacônia, voltou-se para a guerra. Possuía uma organização militarista e aristocrática. Predominava uma economia agrícola, sem incentivos para o comércio. Era uma cidade totalmente dependente do escravismo e que aboliu a propriedade familiar para, em seu lugar, construir uma sociedade de classes, com todo o poder para os espartanos. A família era monogâmica e patriarcal. O Estado estava acima do cidadão, e era obrigação dos casais gerar filhos saudáveis para o Estado. Os Espartanos viviam uma vida simples, privados de luxos. Embora os espartanos fossem os únicos que tinham cidadania, o poder efetivo ficava nas mãos dos idosos (gerontocracia). A legislação foi atribuída a Licurgo.
Atenas: Localizada na Península Ática, foi notável pela democracia. Embora, a partir de Clístenes, tenha implantado a democracia, os direitos políticos ficavam restritos aos atenienses (adultos, filhos de pais e mães atenienses), proprietários das melhores terras. Estavam excluídos os estrangeiros e as mulheres.
A política ateniense evoluiu em cinco estágios: a realiza (período inicial, na qual Atenas foi governada por basileus – reis, apoiados pelos eupátridas), a oligarquia (domínio da sociedade pelos aristocratas, a partir da elaboração de um Estado protetor dos direitos dos aristocratas - Dracon), a plutocracia (surgiu das mudanças impostas pelo legislador Sólon, que acabou com a escravidão por dívidas e dividiu a sociedade censitariamente, combatendo o poder dos eupátridas), a tirania (período de domínio pelos tiranos ou ditadores, que legitimavam-se pela força), e a democracia (surge da reestruturação imposta por Clístenes, o “pai da democracia”, e da consolidação da democracia por Péricles, que garante a participação de todos os cidadãos nos negócios públicos).

As Guerras Médicas (490-448 a.C.):
- Gregos X persas (medos).
- Motivo: o avanço do imperialismo persa.
- Tratado de Susa (Paz de Calias ou Paz de Címon): fim do conflito, com a vitória grega.

A Guerra do Peloponeso (Esparta X Atenas):
- Atenas (Confederação de Delos) X Esparta (Liga do Peloponeso)
- Motivos: o imperialismo ateniense e as diferenças políticas e culturais entre Atenas e Esparta.
- Vitória de Esparta na Batalha de Égos Potamos.
- Esparta foi derrotada por Tebas na Batalha de Leutras: início do imperialismo tebano.

Declínio da Grécia:
- Motivos: as constantes guerras entre as pólis e a falta de unidade grega.
- Em 338 a.C., o território grego é conquistado pelos macedônios de Filipe II.
- Com a morte de Filipe II, assume o poder seu filho, Alexandre Magno.

Período Helenístico:
- Alexandre Magno: Expansionismo militar e territorial, incremento do comércio internacional, fundação de Alexandria e formação da cultura helenística, fruto da fusão da cultura grega com a cultura oriental.

Influências Culturais Gregas:
Democracia: práticas republicanas e participativas de poder.
Concepções de beleza, equilíbrio e harmonia.
Racionalismo, humanismo e antropocentrismo.
Filosofia: Sócrates, Platão e Aristóteles.
Matemática (Tales de Mileto), medicina (Hipócrates), química, Biologia e História (Heródoto e Tucídides).
Produção teatral, com o teatro ao ar livre. Destaques: Sófocles e Eurípedes.
Religião politeísta e sem dogmas. Havia o forte culto doméstico.
Estilos arquitetônicos: dórico, jônico e coríntio.