sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

É. PODE SER...



Blogueiro egípcio transformado em heroi diz não ter ambições políticas
 CAIRO — O jovem executivo egípcio do Google Wael Ghonim, transformado em símbolo da revolta popular no país após passar mais de dez dias preso, afirmou nesta quinta-feira em sua conta do Twitter que não pretende dedicar-se à política após a queda do regime do presidente Hosni Mubarak.
"Prometo a todos os egípcios que retomarei minha vida normal e que não me envolverei com política depois que (...) tenham transformado seu sonho em realidade" com a saída de Mubarak, afirmou Ghonim.
Alguns dos jovens que iniciaram o movimento de protesto depositaram suas esperanças em Ghonim, no sentido de que assumisse a liderança de um movimento coletivo que neste momento ainda não tem cabeças visíveis.
"Estamos esperando Wael Ghonim. Esperamos que nos dê sua ideia sobre o próximo passo. Embora tenha dito que não quer formar um partido político, temos a esperança de que o faça, porque o consideramos a faísca" que incendiou o movimento, disse à AFP na quarta-feira Rami Ghanem, um advogado de 32 anos, membro do grupo "Todos Somos Khaled Said", batizado em homenagem ao jovem de 28 anos que foi morto pela polícia em Alexandria, em junho de 2010.
Ghonim, diretor de marketing do Google para o Oriente Médio e norte da África, foi detido em 27 de janeiro após uma manifestação, e permaneceu 12 dias mantido em cativeiro pelo temido serviço de segurança do Estado.
Após sua libertação, na segunda-feira, Ghonim transformou-se repentinamente em heroi do movimento quando admitiou ser o administrador, até então anônimo, da página do Facebook "Todos Somos Khaled Said", uma das que convocaram a mobilização contra o regime, que começou há 17 dias.
(AFP)

Os Protestos no Egito em 2011, também conhecidos como Dias de Fúria e Revolução de Lótus ou Revolução do Nilo, são uma série de manifestações de rua, protestos e atos de desobediência civil que ocorrem no Egito desde 25 de janeiro de 2011. Os organizadores das manifestações contam com a recente revolta da Tunísia para inspirar as multidões egípcias a se mobilizar, assim como ocorreu em grande parte do mundo árabe. Os principais motivos para o início das manifestações e tumultos foram a violência policial, leis de estado de exceção, o desemprego, o desejo de aumentar o salário mínimo, falta de moradia, inflação, corrupção, falta de liberdade de expressão e más condições de vida. O principal objetivo dos protestos é derrubar o regime do presidente Hosni Mubarak, que está no poder há quase 30 anos.
Enquanto protestos localizados já eram comuns em anos anteriores, grandes protestos e revoltas eclodiram por todo o país a partir do dia 25 de janeiro, que ficou conhecido como o "Dia da Ira", a data estabelecida por grupos de oposição do Egito e outros para uma grande manifestação popular. Os protestos de 2011 foram chamados de "sem precedentes" para o Egito e "a maior exposição de insatisfação popular na memória recente" no país, sendo que o Cairo está sendo descrito como "uma zona de guerra"[7] por um correspondente local do jornal The Guardian. Pela primeira vez, os egípcios de todas as esferas sociais, com diferentes condições socioeconômicas se juntaram aos protestos. Estas foram as maiores manifestações já vistas no Egito desde 1977.
Mubarak dissolveu seu governo e nomeou o militar e ex-chefe da Direção Geral de Inteligência Egípcia, Omar Suleiman, como vice-presidente, na tentativa de sufocar a dissidência. Mubarak pediu ao ministro da aviação e ex-chefe da Força Aérea do Egito, Ahmed Shafik, para formar um novo governo. A oposição ao regime de Mubarak tem se aglutinaram em torno de Mohamed ElBaradei, com todos os principais grupos de oposição apoiando o seu papel de negociador de alguma forma de governo transitório.
 Muitos estrangeiros procuraram sair do país, enquanto os egípcios realizaram manifestos ainda maiores. Em resposta à crescente pressão Mubarak anunciou que não vai tentar a reeleição em setembro.
(Wikipédia)

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